Transexuais e travestis poderão prestar serviço militar tailandês

As Forças Armadas da Tailândia deixarão de considerar como tendo “desordens mentais” os transexuais e travestis, e com esse “diagnóstico” eram excluídos do serviço militar obrigatório, indicaram hoje, quarta-feira, fontes oficiais.
Milhares de homens com o aspecto físico de mulher são a cada ano declarados não aptos para cumprir o serviço militar mediante a extensão de um certificado que resenha que padecem de “desordens mentais”.
“A atual lei de recrutamento é 1954, quando só havia alguns poucos homossexuais, mas como a sociedade mudou rapidamente, as Forças Armadas empreenderam um processo para emendá-la e omitir esses termos do certificado”, disse o general Anthorn Lothikul, chefe do Comando Geral da Reserva.
Os homens tailandeses são obrigados por lei a prestar dois anos de serviço militar, embora muitos escapem mediante o pagamento ilícito de quantias de dinheiro aos oficiais a cargo do recrutamento.
Durante os últimos meses, as organizações de homossexuais do país realizaram uma intensa campanha para conseguir que as Forças Armadas eliminem as palavras “desordens mentais” dos certificados que expedem aos transexuais e travestis.