O Vaticano afirmou que a concessão de bênçãos a casais homossexuais não pode ser negada.

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Após ser alvo de críticas de setores mais conservadores, o Vaticano defendeu a concessão de bênçãos a casais homossexuais ou em “situação irregular”. O cardeal argentino Víctor Manuel Fernández, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, emitiu um comunicado para esclarecer alguns pontos sobre a declaração emitida anteriormente, reforçando a distinção entre bênçãos litúrgicas, como no matrimônio, e bênçãos pastorais.

A decisão de permitir bênçãos a casais homossexuais gerou uma série de reações. A Conferência Episcopal de Moçambique, por exemplo, anunciou que não seguirá a recomendação. Países como Malauí e Zâmbia, onde a homossexualidade é criminalizada, também se opuseram à medida. Bispos de outros países africanos, como Angola, Quênia, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Uganda e Zimbábue, também afirmaram que não abençoarão casais do mesmo sexo. Além disso, os clérigos têm enfatizado a importância de seguir a prática tradicional da Igreja de conceder bênçãos a todas as pessoas que as solicitarem, sem distinção.

Diante dessas reações e dúvidas, o Vaticano esclareceu que a declaração se refere a bênçãos pastorais breves e simples, que não aprovam ou justificam a situação em que esses casais se encontram. A doutrina relacionada ao matrimônio e sexualidade permanece inalterada pela decisão. O cardeal Fernández destacou que a inovação reside no convite a distinguir entre bênçãos litúrgicas e bênçãos pastorais espontâneas, que podem ser concedidas a essas relações. No entanto, enfatizou que as bênçãos pastorais devem ser muito breves.

O esclarecimento oficial do Vaticano reiterou que cabe a cada bispo tomar decisões sobre essas bênçãos e que não há problema em fazê-las de forma privada, ao invés de pública. No entanto, ressaltou que a prudência e a consideração ao contexto eclesial e à cultura local podem permitir diferentes formas de aplicação, mas não a negação total ou definitiva desse caminho proposto aos sacerdotes.

A declaração da Fiducia Supplicans já havia estabelecido que, quando solicitada por casais em situação irregular, as bênçãos não podem ser realizadas simultaneamente com ritos civis de união ou com trajes de casamento, a fim de evitar confusões.

Com Informações O SUL


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