Série espanhola causa polêmica

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DA SUCURSAL DO RIO
Retratar a diversidade de uma sociedade numa linguagem adequada para
crianças é uma tarefa que, em alguns casos, provoca reações diversas
entre pais e professores. Foi o que aconteceu, no mês passado, com o
seriado infantil “Los Lunnis”, exibido pela TVE, televisão pública
espanhola.
Num episódio que tinha o objetivo de mostrar as diversas formas de
casamento, foi mostrado um exemplo de um casamento homossexual, tipo de
união que, há dois meses, foi autorizado pelo Parlamento da Espanha.
A iniciativa recebeu apoio de partidos de esquerda e de grupos de defesa
dos direitos dos homossexuais. Deputados do partido conservador PP, no
entanto, fizeram duras críticas à direção da TVE, acusando de usar o
programa para lançar mensagens do PSOE (partido socialista do premiê
José Luiz Zapatero).
Jornais espanhóis também publicaram queixas de pais e especialistas que
alegavam que a citação a um casamento gay poderia incitar precocemente o
tema da sexualidade em crianças ou ser forma de doutrinação sexual.
Já a Federação Espanhola de Gays, Transexuais e Bissexuais afirmou que
“é necessário e imprescindível que os meios de comunicação retratem para
as crianças a diversidade de famílias que existem na sociedade”.
Polêmica semelhante aconteceu há três anos, quando os produtores de
“Vila Sésamo” na África do Sul tiveram a idéia de incluir uma personagem
portadora de HIV.
As reações mais contundentes contra a inclusão desse personagem, no
entanto, vieram dos EUA, mais precisamente de seis deputados do Partido
Republicano. Como “Vila Sésamo” é produzido originalmente naquele país,
os deputados iniciaram uma campanha para impedir que a PBS (televisão
pública americana) adotasse a idéia. Eles argumentaram que não se
deveria introduzir precocemente temas relacionados à sexualidade para
crianças na televisão.
A PBS, na ocasião, afirmou que não estava em seus planos incluir nos
programas que passam nos EUA a mesma personagem criada na África do Sul.
Mas explicou que o objetivo da iniciativa no país africano era ajudar a
diminuir o preconceito contra portadores do vírus da Aids e a
representar a diversidade daquele país, onde se estima que um em cada
nove adultos tenha o vírus.


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