Parada defenderá a união civil entre gays

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DA REPORTAGEM LOCAL
A 9ª Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros, que acontece no próximo domingo em São Paulo, trará em cada um de seus 24 trios elétricos uma lembrança: os dez anos de paralisação, no Congresso, do projeto de parceria civil, que permitiria a casais homossexuais ter direitos iguais aos de heterossexuais em questões como partilha de bens, benefícios previdenciários, seguros de vida e Imposto de Renda.
“Parceria Já! Direitos Iguais: nem mais, nem menos” é o tema do evento neste ano, que pretende ser a maior parada do mundo: 2 milhões de pessoas são esperadas. Em vários pontos de ônibus do trajeto, que começa na avenida Paulista e termina na rua da Consolação (região central), haverá coleta de assinaturas para pressionar os congressistas pela aprovação da proposta da ex-deputada e ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT). Nesses locais também poderão ser doados alimentos para o Banco de Alimentos da Prefeitura de São Paulo.
“Queremos transformar cada doação e assinatura num voto pelo reconhecimento dos homossexuais como cidadãos e como manifestação ativa contra a violência, desigualdade e qualquer outra forma de racismo neste país”, afirma o manifesto oficial da parada, assinado pelo presidente do evento, Reinaldo Pereira Damião.
Vaias programadas
A organização da parada programou “a maior vaia do mundo” no palco principal, na frente do prédio da Gazeta, na avenida Paulista. Segundo Damião, representantes de várias entidades que lutam pelos Direitos Humanos escolheram os alvos das vaias. Um certo é o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), que, apesar de já ter se comprometido a colocar o projeto de parceria civil em votação, classifica o homossexualismo como “uma aberração, uma coisa terrível”, como disse em visita visita a São Paulo.
Para Damião, a programação reafirma o caráter político da manifestação, questionado a cada nova edição do evento.
“Consideramos a parada um movimento social. Nem o movimento feminista nem o MST levam tantos à manifestação pública. O MST faz uma marcha, mas não tem o apoio que temos. Em quase dez anos mudamos mentalidades. Qualquer gay, jovem ou de terceira idade, pode ir hoje ao evento sem medo de se expor”, disse o presidente, que milita na parada desde 1997.
Neste ano, em razão das obras do metrô, não haverá palco nem dispersão na praça da República, onde foi assassinado em 2000 por skinheads um dos homossexuais-símbolo da luta antidiscriminação, Edson Neris da Silva.
Segundo Damião, recentemente o prefeito José Serra (PSDB) confirmou a presença no evento e divulgou uma carta de apoio à parada, que entrará hoje no site oficial do evento (www.paradasp.org.br). Serra não se manifestou, no entanto, sobre o projeto de Marta Suplicy. (FABIANE LEITE)


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