Recriando uma campanha feita pela marca de refrigerantes Fanta, na Índia, o provedor de internet brasileiro Pop criou uma campanha chamada Pop Movies.
Através do browser do computador, o usuário da internet pode personalizar sua história pondo legendas em pequenos vídeos disponíveis no site do próprio provedor. Pelo menos três destes vídeos retratam homossexuais. São os vídeos \’Traveco\’, \’Susto\’ e \’Boiola\’.
Um dos vídeos que o internauta pode \’editar\’ se chama \’Traveco\’. Nele, um homem fala ao telefone, quando uma mulher passa por ele. Após assediar a moça com um assobio, esta se vira e revela ser uma travesti (bem feia e estereotipada). O rapaz sai correndo e a travesti corre atrás do moço.
Em outro filme para ser editado, chamado \’Susto\’, uma travesti se dirige a um carro, supostamente para pegar uma carona. O motorista, ao ver que se trata de uma travesti, sai correndo desesperadamente.
No vídeo com nome de \’Boiola\’, dois rapazes conversam quando uma menina chega e os interrompe, em seguida, um some em um toque de mágica da cena, enquanto o outro sai resmungando.
Apesar de parecer inofensivo, os vídeos, pelo menos os que retratam as travestis, são insensíveis ao coloca-las como alvo de chacota ou mostrar as pessoas tendo pânico delas. No caso dos gays, nada pode ser insinuado, pelo menos como culpa do provedor. Mas o fato da internet ser foco de disseminação do preconceito e o anonimato que confere aos autores das histórias, não é difícil encontrar paródias ou vídeos homofóbicos, com conteúdo ofensivo aos homossexuais. Deste ponto de vista, o Pop Movies é um grande incentivador do preconceito.
Revista Lado A
PIX: (11) 98321-7790
PayPal: 
