Parada gay de Camaçari – confira

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Todos juntos por uma cidade do bem é o lema forte da Prefeitura do Partido dos Trabalhadores em Camaçarí na Bahia. E neste domingo, 24/07, a cidade colocou em prática um hábito local, o de receber bem quem a visita. E a Avenida Radial, a artéria principal daquela urbe industrial, ficou completamente lotada por uma “população diferente”, aquela gente que é sempre vista quando o assunto a tratar é a “Diversidade” . A mesma nação Arco Iris que sai as ruas e não tem a vergonha de mostrar a cara. E cerca de 10 mil pessoas sairam de casa rumo a Parada.
O destino Gay da Bahia neste dia foi Camaçari. Um concentração urbana que faz parte da Costa dos Coqueiros e possui cerca de 160 mil habitantes. Desde as primeiras horas da manhã, o movimento na pequena Rodoviária foi anormal para um domingo e os acessos via BRs também provocaram trânsito lento. E foram também em ônibus fretados vindos de outra cidades como Paulo Afonso, Salvador e Feira de Santana, que chegaram os GLBTs em atendimento ao chamado do Grupo Gay da Camaçari, que sob a liderança de Paulo Paixão, tem desenvolvido um trabalho edificante de militância homo. E o tema desta IV Parada do Orgulho Gay de Camaçarí foi “ Orgulho, Prevenção e Combate a Homofobia”.
E a Homofobia nos parece o fantasma que mais ronda as Paradas Gays em Camaçari. Tendo a cidade, uma comunidade evangélica forte – a cada quarteirão uma Igreja de crente, todo ano é a mesma ladaínha, o mesmo rancor e o mesmo rogar de pragas. E a cada Parada, chovem ameaças de alguns “fanáticos e reacionários” contra o direito dos Gays de se manifestarem nas ruas. Parece que neste mes a coisa tomou contorno extremado, a ponto de se colocar em polvorosa a militância Gay que teve medo da Parada não sair. É que algumas Igrejas quiseram barrar a Parada na Justiça. Mas tudo se resolveu a tempo e a festa da Diversidade aconteceu.
O Secretário da Identidade e da Diversidade, o ator Sérgio Mamberti, em nome do Presidente Lula e do Ministro de Estado da Cultura Gilberto Gil, discursou: “ Transmito a vocês o mesmo recado do nosso presidente Lula às Paradas Gays em todo o Brasil, o de que Todo amor vale á pena. Afirmo também, que não terá abrigo no Governo do Partido dos Trabalhadores qualquer ódio, segregação ou humilhação às pessoas em razão da orientação sexual. O ser individual de cada um é levado à sério. E a nossa Secretaria da Identidade e da Diversidade acompanha esta movimentação no seio da sociedade e apóia iniciativas de valorização do ser humano. Como num Arco Iris, em que todas as diferentes cores e matizes convivem harmoniosamente e se tornam mais belas justamente nas suas diferenças. O que nós vemos aqui em Camaçari é esta grande festa cidadã”.
A madrinha política da Parada de Camaçari foi a Dra. Edvânia Landim, Coordenadora Estadual das DSTs/AIDS e a banda que animou o evento foi a camandada pela cantora Islanya e pelo DJ Pequeno. O Secretário de Cultura de Camaçari se fez presente, afinal nos out-doors, com o apoio da Prefeitura o convite estava estampado: “ Não perca a Parada mais divertida da Bahia”. Como também registramos as presenças do presidente do Grupo Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira, do presidente do GLICH – Grupo Liberdade e Cidadania Homossexual, do presidente do Grupo Gay de Simões Filho, do Movimento de Articulação Homossexual de Paulo Afonso, da Miss Gay Princesa do Sertão – Patrícia, da super drag Gotcha de rapazinho, do escritor Waldeck Almeida autor do “Memorial do Inferno”, do black beautiful Fernando Bingre, do empresário Jhonson “Café” recém chegado de Miami, Rosângela do Grupo Lésbico Palavra de Mulher, das transgêneros – Travestis e Transexuais da ASTRACAM, da líder Claudia Ramos do Grupo de Trans Ilicória Leonne, da dupla Nadson e Magno – que se casaram em cima de um Trio Elétrico na Parada de Feira de Santana, do antropólogo Luiz Mott, da Coordenadora Municipal do Programa de DSTs/AIDS da cidade e dos ritmistas do Projeto Kambuí com os seus instrumentos de percussão.
A IV Parada do Orgulho Gay de Camaçari se encerrou na Praça Abrantes, onde foi montado um palco permanente com a apresentação de Drags, de grupos de pagode e de dança. Também foi feita uma grande distribuição de preservativos e de folhetos explicativos – um manual de sobrevivência homossexual – sobre como se evitar a violência anti-gay intitulado “Gay vivo não dorme com o inimigo”.
confira as fotos acessando o link:


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