Papa condena casamento homossexual e chama de

ROMA (Reuters) – O papa Bento 16, em sua primeira declaração clara sobre casamentos gays desde que foi eleito, condenou na segunda-feira as uniões entre pessoas do mesmo sexo como falsas e como expressões de “liberdade anárquica” que ameaçam o futuro da família.
O papa, que foi eleito em abril, também condenou o divórcio, o controle de natalidade artificial e as uniões livres, dizendo que todas essas práticas eram perigosas para a instituição familiar.
“As várias formas atuais de dissolução do casamento, uniões livres, uniões estáveis, assim como os pseudocasamentos entre pessoas do mesmo sexo são, na verdade, expressões de liberdade anárquica que falsamente tentam se passar como a verdadeira liberdade do homem”, disse ele.
O papa fez as declarações em um pronunciamento a famílias na Catedral de São João, em Roma, sobre uma questão que vem se tornando altamente polêmica em todo o mundo, principalmente na Europa e nos Estados Unidos.
Em abril o Parlamento da Espanha, país tradicionalmente católico, deu aprovação inicial para a legalização do casamento gay. O projeto de lei deve ser aprovado pelo Senado e virar lei.
Mas apenas na semana passada, a Assembléia da Califórnia enterrou um projeto de lei que permitia o casamento gay no Estado mais populoso dos Estados Unidos.
O papa, que como o cardeal Joseph Ratzinger foi o chefe da doutrina do Vaticano por mais de duas décadas, disse que “pseudoliberdades” como os casamentos gays eram baseadas no que ele chamou de “a banalização do corpo humano” e do próprio homem. (Reportagem de Philip Pullella)