CINTHYA OLIVEIRA
Militante de destaque no cenário GLBT do Paraná, a
transexual Maitê Schneider mostrou pela primeira vez o
seu lado atriz no 14º Festival de Curitiba. A estréia
aconteceu em “Jesus para Cristo”, espetáculo de
Alexandre Linhares que faz uma releitura da história
de Jesus, tratando de temas delicados como a exclusão
social, os riscos do uso de drogas, sexo,
homossexualidade, prostituição e o universo
transexual.
Na polêmica montagem, Maitê vive Maria, a mãe do Filho
de Deus. “Tivemos alguns problemas, pois as igrejas
evangélicas queriam impedir a apresentação. É um tema
muito bonito, abordado de uma forma completamente
diferente, onde um dos apóstolos é soro positivo e
Maria Madalena é representada por uma drag queen.
Não é uma comédia e, sim, uma peça para levar à
reflexão”, conta a transexual, que ficou muito
empolgada com o teatro e pretende trabalhar em outras
produções para se profissionalizar na área.
“Como o lugar em que as apresentações foram feitas
(durante o festival) era muito pequeno, vamos fazer
sessões gratuitas para que todos possam ver a peça”,
adianta Maitê, reforçando que a Parada do Orgulho GLBT
de Goiânia convidou a trupe de “Jesus para Cristo”
para se apresentar na programação que antecede o
evento, em junho.
Artista desde os 16 anos, Maitê se aproximou da
militância assim que percebeu que seus direitos
estavam sendo desrespeitados. Começou sendo voluntária
em vários projetos de ONGs, orientando e trabalhando o
aumento da auto-estima de homossexuais e travestis da
capital paranaense.
Durante três anos, ela foi vice-presidente do núcleo
de direitos humanos da ONG Pró-Paraná e se tornou um
dos nomes mais importantes da Parada do Orgulho Gay de
Curitiba.
Maitê Schneider estréia na carreira de atriz
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