Festa na Parada da Diversidade Curitiba

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Alegria e descontração foram a tônica da Sétima Parada da Diversidade que aconteceu neste domingo em Curitiba. O evento se transformou num programa para todas as tribos atraindo famílias, grupos de jovens e simpatizantes, além de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros (GLBT). Música, pessoas fantasiadas, discursos, bandeiras e chapéus com as cores do arco-íris marcaram a concentração. Conforme número preliminar da Polícia Militar que estava no local, a concentração reuniu cerca de 10 mil pessoas em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na região central de Curitiba.
O presidente do grupo Dignidade e promotor do evento, Toni Reis, estava com roupa de gala ao lado do seu companheiro há 15 anos David Harrad. “Nós estamos indo para todas as paradas do Brasil representando os noivos que estão prontos para casar. Nossa luta é para que seja oficializada a parceria civil entre os casais do mesmo sexo”, justificou Reis.
Apesar do evento na capital paranaense reunir um grande número de pessoas, o presidente do Dignidade reconhece o aspecto conservador da cidade. “Curitiba é uma cidade diferente, ela é conservadora, mas aos poucos a gente vem conseguindo ser aceito. O importante é as pessoas terem espaço para assumir a sua identidade. Nós queremos direitos iguais – nem mais, nem menos, como diz o lema desta parada”, comentou.
O ator Sérgio Mamberti, que representou o Ministério da Cultura, e o presidente do Grupo Gay da Bahia, Luiz Mott, foram algumas das presenças ilustres na parada curitibana.
Freqüentador das paradas da diversidade em Curitiba, Jonas Laskouski, 27 anos, diz que a cada ano tem aumentado a participação de pessoas e a conseqüente aceitação dos gays pela sociedade. “Hoje eu e meu namorado viemos andando de mãos dadas pela Rua XV numa boa. A gente percebe as pessoas comentando disfarçadamente, mas não tem cara feia. Teve até uma senhora, que estava com quatro crianças, que desejou felicidades pra gente. Acho que isso demonstra que este tipo de manifestação contribui para diminuir a discriminação”, afirmou Laskouski.
O jovem Rodrigo Rstahsefski, 24 anos, da tribo dos que curtem heavy-metal foi pela primeira vez no evento impulsionado pelo sucesso da Parada do Orgulho Gay de São Paulo, que aconteceu no último dia 29 de maio em São Paulo, reunindo cerca de 1,5 milhão de pessoas. “Vim participar e ver como é esta festa. Acho que cada um tem o direito de escolha, é que todos devem ter direitos iguais, com menos discriminação”, comentou o jovem que estava com um grupo de amigos.
“A parada é o momento para os gays e lésbicas se imporem, mostrar que estão aí e que são pessoas normais, com um comportamento diferente. Esta manifestação é o momento deles e deve ser freqüentada por toda a sociedade”, disse Neuzeli Cristina Souza, 28 anos, que levou a sobrinha de dois anos para o evento. O mesmo pensamento tem Alessandro Ramos, 23 anos, que levou o filho de quatro meses e a esposa. “É um festa que vale a pena ser vista”, afirmou Ramos que participa do evento pela segunda vez.
Esta foi a primeira vez que a parada curitibana aconteceu no domingo, o que agradou a maioria do público GLBT presente. “Quando era sábado eu nunca podia vir porque estava trabalhando. Com o domingo livre dá pra curtir a festa inteira”, contou Jackson Damázio, 25 anos.
Um trio elétrico puxou o grupo e cerca de dez carros de som acompanharam a parada pela Avenida Marechal Deodoro até a Boca Maldita, onde acontecem os shows de Elke Maravilha e da banda Denorex 80.
A meta dos organizadores era receber 50 mil pessoas. Já a expectativa da Polícia Militar, que fez a segurança no local, era de concentrar 25 mil pessoas durante todo o evento.
Fonte: Tudo Paraná.


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