De acordo com a promotoria, “o homem foi severamente espancado por causa da sua orientação sexual”, como justificativa para classificar como crime de ódio; vítima ficou cega
Um homem foi espancado por familiares do seu namorado que acreditavam que ele “tornou” o filho deles homossexual, em Pompano Beach, na Flórida, nos Estados Unidos.
De acordo com o jornal The Washington Post, os pais Yevhen, 43 anos, e Inna, 44, Makarenko e os filhos Vladyslav, 25, e Oleh, 21, prenderam o namorado de Oleh, 31, no apartamento da família e o espancaram.
Depois, o arrastaram até a piscina deixando-o desacordado.
Segundo o depoimento da vítima, o motivo para o crime foi a rejeição da família por Oleh namorar um homem. Os dois estavam juntos havia nove meses.
“Ele [a vítima]declarou que a razão para o ataque foi por ele ser homossexual, namorar Oleh e a família achar que ele fez Oleh ‘virar’ homossexual”, diz o documento da promotoria da Flórida, segundo o Washington Post.
No depoimento, o homem afirmou que a agressão começou após ele ter falado a Inna, mãe de Oleh, que o filho é homossexual.
Os quatro membros da família, incluindo Oleh, foram indiciados por tentativa de homicídio em primeiro grau, roubo e sequestro.
A agressão também foi considerada “crime de ódio”, o que significa que, segundo as leis da Flórida, caso sejam condenados, podem pegar prisão perpétua.
De acordo com a promotoria, “o homem foi severamente espancado por causa da sua orientação sexual”, como justificativa para classificar como crime de ódio.
Os documentos obtidos pelo Washington Post mostram ainda que a vítima ficou tão ferida, que acabou ficando cega.
Michael Glasser, advogado de defesa, disse ao canal de TV WFOR que a família nega a acusação.