UEFA recusa pedido de luzes arco-íris em Munique para o Alemanha-Hungria

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Sofia Freitas Moreira com Reuters

Organização propõe outras datas para o gesto simbólico, que visava contestar uma nova lei húngara que proíbe a “exibição e promoção da homossexualidade” nas escolas. Alemanha fala em violação dos valores da União Europeia.

A UEFA recusou um pedido do presidente da Câmara de Munique para que o estádio da cidade fosse iluminado com as cores do arco-íris durante o jogo de quarta-feira, do Euro 2020, entre a Alemanha e a Hungria.

De acordo com a agência Reuters, o autarca Dieter Reiter disse que queria iluminar o estádio em protesto contra uma nova lei na Hungria que proíbe a divulgação de conteúdos, nas escolas, sobre a homossexualidade e a mudança de género.

O estádio, conhecido como Allianz Arena, casa do Bayern Munique, permite que toda a área externa e o telhado sejam iluminados com várias cores.

Numa declaração oficial, divulgada esta terça-feira, a UEFA sugeriu datas alternativas para o gesto, durante o torneio.

“A UEFA, através dos seus estatutos, é uma organização neutra a nível político e religioso. Dado o contexto político deste pedido específico – uma mensagem que visa uma decisão tomada pelo parlamento nacional húngaro – a UEFA decidiu recusar este pedido”, disse a organização.

“No entanto, a UEFA propôs à cidade de Munique a iluminação do estádio com as cores do arco-íris no dia 28 de junho – o Dia da Libertação da Rua Christopher – ou entre 3 e 9 de julho, que é a semana do Dia da Rua Christopher em Munique”.

Os eventos do Christopher Street Day são realizados em memória de uma revolta da comunidade homossexual, em Nova Iorque, em 1969.

A nova lei da Hungria que proíbe a “exibição e promoção da homossexualidade” entre os menores de 18 anos viola claramente os valores da União Europeia, disse a Alemanha, esta terça-feira.

“A União Europeia não é, antes de mais, um mercado único ou uma união monetária. Somos uma comunidade de valores, estes valores unem-nos a todos”, disse, segundo a Reuters, o ministro alemão da Europa, Michael Roth, antes de uma reunião com os seus homólogos da UE no Luxemburgo.

“Não deve haver qualquer dúvida de que as minorias, também as minorias sexuais, devem ser tratadas de forma respeitosa”, acrescentou.

Sapo.pt

 


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