Travesti do Acre celebra retificação de nome e compartilha experiência de transição de gênero

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Brenn Correia de Souza, de 27 anos, celebrou recentemente a retificação de seu nome civil e a mudança de gênero. Após dar entrada no processo em um cartório de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde residia anteriormente, Brenn enfrentou uma comunicação equivocada entre o cartório de Mossoró e Cruzeiro do Sul, sua cidade natal, resultando em um atraso de cerca de um ano no processo. Ao retornar ao Acre para passar as férias, Brenn decidiu verificar o status do processo no cartório de Cruzeiro do Sul e descobriu que nenhuma informação tinha sido transmitida do cartório de Mossoró.

Determinada, Brenn optou por reabrir o processo em Cruzeiro do Sul, pagando uma taxa adicional para agilizar o trâmite da retificação. A reabertura do processo foi concluída em menos de 24 horas. Brenn deu entrada na quinta-feira à tarde e, na sexta-feira ao meio-dia, recebeu a notícia de que estava tudo pronto. Quanto à transição de gênero, Brenn revela que desde criança gostava de se vestir com as roupas femininas de sua mãe.

Na época, encarava essa preferência como uma brincadeira e não tinha conhecimento sobre transexualidade. Desde então, Brenn se identifica como uma pessoa trans e seu processo de transição começou em 2018, quando se mudou para Rio Branco para cursar Artes Cênicas na Universidade Federal do Acre.

“Em 2018, dentro da universidade, comecei a compreender minha identidade como pessoa trans e iniciei o processo de transição, questionando quem sou, qual é meu lugar na sociedade e como meu corpo se apresenta. Foi nesse momento que surgiu Brenn, a travesti que sou hoje”, destaca Brenn.

No processo de retificação de sua certidão, Brenn conseguiu uma grande conquista, embora tenha tido que arcar com um alto custo. “Embora não tenha sido barato – sendo sincera, paguei quase R$ 600 para mudar meu nome na certidão -, é uma grande conquista para pessoas trans e travestis que estão em processo de transição”, ressalta.

De acordo com o Provimento nº 73/2018 da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pessoas transgênero têm o direito de realizar a troca de nome e gênero em sua documentação sem a necessidade de uma ação judicial, bastando apenas comparecer a um cartório e fazer o pedido. O processo é gratuito e geralmente leva em torno de 90 dias. Brenn Souza explica as duas formas de realizar esse processo de forma gratuita.

“A primeira opção é através da Defensoria Pública, em que o processo dura em média dois a três meses. A outra opção é abrir o processo pela Justiça, o que também leva algum tempo, dependendo do cartório em que o procedimento é iniciado”, explica.

Com Informações ContilNetNotícias

 


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