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A depressão é uma doença psiquiátrica grave que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Ela pode apresentar sintomas leves, moderados e graves que influenciam tanto o aspecto psicológico quanto o físico.
Felizmente, a depressão é uma condição tratável.
Mas o que exatamente é a depressão?
Para definir a depressão, é necessário separá-la em dois aspectos: o entendimento comum e o olhar técnico da psiquiatria.
No entendimento comum, a depressão está frequentemente associada à tristeza e desânimo, mas muitas vezes esses sentimentos não caracterizam a doença. Sintomas como isolamento, perda de interesse, afastamento social, falta de energia, tristeza e ansiedade podem surgir em determinados momentos da vida sem que isso signifique um diagnóstico de depressão, sobretudo se forem passageiros e autolimitados.
Já do ponto de vista técnico, a depressão é um quadro psiquiátrico que se manifesta por meio de tristeza persistente, falta de motivação, desânimo, alterações do sono e do apetite, lentidão dos movimentos e raciocínio lento, levando a uma sensação de declínio na inteligência. A pessoa afetada também pode experimentar uma visão negativa e desesperançosa do futuro. Mesmo tentando se esforçar para melhorar, o paciente pode sentir-se incapaz de superar a condição, o que pode ter impactos significativos em sua vida, como dificuldades em manter o emprego e relacionamentos interpessoais.
O surgimento da depressão: quais são os primeiros sinais?
O início da depressão pode ser bastante diversificado, variando de acordo com a personalidade, temperamento, eventos desencadeantes, gênero e idade de cada indivíduo.
Os sinais mais comuns que costumam se manifestar são a tristeza, a falta de interesse, a falta de vontade e pensamentos negativos.
Depressão e tristeza: como distinguir?
Conforme mencionado anteriormente, do ponto de vista técnico, a depressão é um distúrbio mental no qual o paciente apresenta uma combinação de sintomas resultantes de alterações fisiológicas no cérebro, causando intenso sofrimento e disfunção em áreas como trabalho, família, vida social, autocuidado e relações amorosas.
Por sua vez, a tristeza é um sentimento que pode surgir por várias razões e em diferentes momentos da vida, tendendo a ser limitado no tempo. Entretanto, se prolongado, pode ser um dos sintomas característicos do quadro depressivo.
Principais sinais de depressão:
– Sentimento de tristeza persistente
– Choro frequente
– Perda de interesse por atividades que antes eram prazerosas
– Distúrbios do sono
– Mudanças no apetite
– Descuido com a higiene pessoal, como negligenciar banhos, maquiagem e vaidade
– Pensamentos de desesperança e pessimismo
– Lentificação geral dos movimentos e pensamentos
Depressão durante a gravidez: é comum? O que fazer?
Sim, a depressão pode ocorrer durante a gravidez, e as alterações hormonais nesse período podem intensificar os sintomas. Os processos de adaptação, preocupações e expectativas não alcançadas podem fazer com que a gestante se sinta desestruturada e desamparada, desencadeando sintomas depressivos. É mais comum que esses episódios ocorram após o parto, sendo chamados de “baby blues”, caracterizados por tristeza, choro fácil, distúrbios do sono e do apetite. Em alguns casos, esse período pode se prolongar e se intensificar, evoluindo para um quadro depressivo verdadeiro. As causas podem estar relacionadas ao nascimento do filho, trazendo preocupações naturais, cansaço, inseguranças, mudanças na vida anterior e alterações hormonais. É essencial que a família esteja atenta ao sofrimento da gestante ou puérpera, observando se está afetando sua rotina, seus relacionamentos com a criança, o parceiro, a família e consigo mesma. Caso haja sinais de risco, a avaliação profissional é crucial para estabelecer um tratamento adequado, que nem sempre envolve o uso de medicamentos. É fundamental acompanhar de perto todo o processo da gestação e puerpério, desde o primeiro trimestre da gravidez até aos primeiros 1000 dias do bebê.
A depressão tem cura?
Sim, definitivamente. Estima-se que 90 a 95% dos pacientes com depressão alcancem a cura. O diagnóstico envolve uma avaliação psiquiátrica completa, incluindo uma anamnese detalhada e um exame psíquico abrangente. Uma vez confirmado o diagnóstico, diversas ferramentas terapêuticas podem ser utilizadas, como o uso de medicamentos antidepressivos e psicoterapia. O tempo de tratamento, o tipo de medicação e as abordagens terapêuticas são individualizados e, quando seguidos adequadamente, apresentam altas taxas de sucesso.
Depressão e ansiedade: por que frequentemente estão associadas?
Ambas as condições apresentam sintomas que muitas vezes estão interligados, mas isso não significa que sejam transtornos depressivos e ansiosos. Atualmente, estamos vivendo em um período de grande exigência emocional, o que pode levar as pessoas a se sentirem sobrecarregadas e gerar estresse. O estresse inclui uma variedade de sintomas relacionados à ansiedade, depressão, sintomas psicossomáticos e impulsividade.
Em resumo, é comum que os sintomas de depressão e ansiedade estejam associados, principalmente devido ao estresse, mas, assim como mencionado acima, eles podem ser apenas parte de um momento difícil da vida e não necessariamente indicar um quadro psiquiátrico.
Tratamentos
De maneira geral, o tratamento dos sintomas pode envolver o uso de medicamentos. Outras opções terapêuticas são:
– Psicoterapia
– Tratamentos de mindfulness, que auxiliam na recuperação
– Acupuntura
– Foco na qualidade de vida, considerando elementos que afetam a saúde mental
– Alimentação saudável
– Controle de substâncias tóxicas
– Prática de atividades físicas
– Cultivo de relacionamentos emocionalmente positivos
– Gerenciamento do estresse no trabalho
– Garantia de um sono adequado.
É viável tratar a depressão sem a utilização de medicamentos?
Sim! Como mencionado anteriormente, existem diversas alternativas para o tratamento da depressão. Ressaltamos que todas as decisões devem ser tomadas por um profissional especializado na área.
Com Informações Laboratório EXAME