Promotor de Justiça do ES terá que indenizar senador Contarato e o marido por homofobia

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Por g1 ES

O senador capixaba Fabiano Contarato (PT) e o seu marido Rodrigo Groberio deverão ser indenizados pelo promotor de Justiça do Espírito Santo Clóvis Barbosa Figueira em razão de comentários de caráter homofóbico feitos durante o processo de adoção de um dos filhos do casal, em 2017.

O político e o marido vão receber, cada um, R$ 12,7 mil. A Justiça do Espírito Santo homologou os valores de indenização e determinou o pagamento na última quinta-feira (16).

A ação não cabe mais recurso. Após ter sido mantida a decisão de primeiro grau, o processo transitou em julgado e já está na fase de execução. As acusações homofóbicas foram feitas por escrito, manifestadas nos autos do processo.

Segundo o senador capixaba, durante o processo de adoção do filho, o promotor estadual, além de resistir ao andamento do caso, argumentou que não haveria “autorização legal para que um ser humano venha a ter dois pais, como pretendido, ou, pior ainda, duas mães”.

“Agora, após o trânsito em julgado, ocorre a fase de cumprimento de sentença. O Estado do Espírito Santo foi condenado por danos morais pelo ato do promotor, e o Judiciário determinou que o Estado do Espírito Santo pague, de fato a indenização. É muito raro isso acontecer! Estamos vendo o Judiciário reconhecer o dano ocasionado pelo comportamento do representante do Ministério Público. Foi o reconhecimento civil de responsabilidade do Estado através do comportamento do do Ministério Público”, diz o senador em nota oficial.

Por ser um agente público agindo no exercício de suas funções, e apesar de a ação ter sido movida contra o promotor, o Estado que é responsável pela indenização. Mas o Estado também pode pedir, eventualmente, o ressarcimento dos valores ao servidor.

Contarato comemorou a decisão e entende que ela servirá de exemplo para evitar que práticas discriminatórias análogas vitimem outros casais LGBTQIA+ em processos de adoção, além de, no futuro,  “servir de testemunho, ao meu pequeno Gabriel, do quanto lutamos por sua adoção de forma digna, reagindo à tentativa de apagamento da nossa família”.

O g1 procurou o promotor de Justiça para comentar a decisão, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Em setembro de 2021, na abertura da sessão da CPI da Covid, o Contarato fez um discurso contra uma frase homofóbica postada em redes sociais pelo depoente, o empresário bolsonarista Otávio Fakhoury.

O parlamentar disse a Fakhoury: “Sua família não é melhor que a minha”

G1.Globo

 

 


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