Projeção no JK homenageia população LGBTQIA+ e encanta público

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Matheus Adler

A Praça Raul Soares, no Centro de Belo Horizonte, foi palco de homenagem ao público LGBTQIA na noite deste sábado (23/10), por meio de projeções feitas em um dos conjuntos mais tradicionais de prédios da capital mineira: o JK. A ação faz parte do projeto promovido por meio de parceria entre o Coletivo Viva JK e o Circuito Urbano de Arte (CURA), que vem transformando a praça em um ambiente de imersão de arte urbana.

As projeções feitas no conjunto JK contaram com a presença de público, que levou cadeiras de praia para acompanhar as imagens, que puderam ser vistas da “Raulzona” – apelido dado para a praça. O local foi palco de diversas opressões ao público LGBTQIA entre as décadas de 50 e 60.

Este foi justamente o tema abordado pelos videoartistas Eder Santos e Barão Fonseca, que mostraram manchetes e trechos de reportagens para exemplificar como a sociedade tratava a população que frequentava o equipamento público.

O “Vráaaa na Raulzona”, como foi chamado o projeto de projeção, também mostrou imagens em referência ao público LGBTQIA, que frequenta a praça até hoje, principalmente no entorno do equipamento, seja em bares, karaokês e casas noturnas. O evento também foi marcante para o antropólogo Rafa Barros, de 38 anos, que voltou a frequentar um espaço público de BH desde o começo da pandemia da COVID-19.

“Está incrível, está uma cura (risos). Nesta pandemia, é o primeiro momento que estou tendo de reconexão com o espaço público, com pessoas numa área aberta, mesmo com distanciamento, sentir o que a cidade nos apresenta. Muito legal”, afirmou.

O CURA, que concentrava sua atuação na região da Rua Sapucaí, no Bairro Floresta, na Região Leste de BH, agora parte para a “Raulzona”, algo que foi aprovado por Rafa, por ser um local simbólico para a capital mineira. O antropólogo destacou que o projeto acontece de forma respeitosa aos moradores da região e que o espaço tem sido transformado, do ponto de vista urbanístico, nos últimos anos.

“Apresenta, também, para Belo Horizonte, as várias camadas que esse espaço comporta. Desde daquilo de que motivou a existência dessa praça, que são as cerâmicas marajoaras, e todo o fundamento indígena da nossa origem, como significante primeiro o JK, como signo do modernismo de (Oscar) Niemeyer, a diversidade que habita esse prédio, associada à diversidade que habita e atravessa a praça. Muito incrível”.

 

Grafite em empenas de prédios

O projeto do CURA também contempla a pintura de empenas de prédios do entorno da Praça Raul Soares, assim como as que já são encontradas na região da Avenida Afonso Pena. No Edifício Paula Ferreira, no número 265 da praça, o grafite está sendo feito por Ed-Mun. Trabalhos no Edifício Paula Ferreira estão no terceiro dia

© Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press Trabalhos no Edifício Paula Ferreira estão no terceiro dia

O artista, que tem 39 anos, já dedicou 24 deles ao grafite. Ed-Mun disse estar realizado ao participar de um projeto como o que está sendo executado no entorno da Raul Soares. “Eu sempre quis fazer um trabalho desse tamanho, tanto no físico quanto no trabalho em si. É muito importante. Está sendo muito bom, em todos os aspectos. O CURA cuida muito bem da gente”, disse.

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