Porque que Junho é o mês do “Orgulho Gay”?

Mas por que o Pride Month é comemorado em Junho?

A procura organizada pelos direitos LGBTQ nos Estados Unidos remonta pelo menos a 1924 e à fundação da Sociedade de Direitos Humanos em Chicago por Henry Gerber.

Mas o evento que catalisou o movimento pelos direitos LGBTQ ocorreu em Junho de 1969 no Greenwich Village de Nova Iorque, no Stonewall Inn. Nas primeiras horas da manhã de 28 de Junho, a polícia invadiu este local de encontro popular para jovens membros da comunidade LGBTQ – prendendo os funcionários por vender bebidas alcoólicas sem licença, agredindo muitos dos clientes e limpando o bar.

Do lado de fora, a multidão que assistia aos clientes do bar sendo conduzidos para as carrinhas da polícia ficou furiosa. Testemunhas anteriores do assédio policial a membros da comunidade LGBTQ ficaram quietos, mas desta vez a multidão gozou com a polícia, atirando moedas, garrafas e detritos contra eles, forçando-os a se barricar no bar para aguardar reforços.

Em pouco tempo, cerca de 400 pessoas tinham criado um tumulto. Embora os reforços policiais tenham dispersado a multidão, os conflitos mantiveram-se no exterior do bar nos cinco dias seguintes, e esse motim de Stonewall (também caracterizados como uma perturbação violenta de Stonewall) deram força ao movimento pelos direitos LGBTQ nos Estados Unidos.

História do Mês do Orgulho LGBTQ+ e por que o Mês do Orgulho é em Junho

Nos quatro anos posteriores aos motins de Stonewall, activistas na Filadélfia realizaram protestos do lado de fora do Independence Hall a 04 de Julho como “Memória Anual”. Os gays e lésbicas viram os seus direitos básicos de cidadania negados. Mas esses eventos foram manifestações de piquete cuidadosamente restritas, nas quais os homens eram obrigados a usar roupas apropriadas para os negócios, as mulheres eram obrigadas a usar saias e blusas e as demonstrações públicas de afecto eram proibidas. Na Conferência Regional Leste de Organizações Homófilas na Filadélfia, em 02 de Novembro de 1969, foi proposta a ideia de uma marcha em resposta aos eventos de Stonewall. Marcada para 28 de Junho de 1970, o primeiro aniversário dos distúrbios de Stonewall, o desfile foi baptizado de marcha do Dia da Libertação da Christopher Street em homenagem à rua que era o epicentro da comunidade LGBTQ de Nova Iorque e o local onde tudo começou.

Embora o “Gay Power” tenha sido proposto como slogan para a marcha, argumentou-se que o movimento ainda não tinha sido politicamente fortalecido, mas que os seus membros sentiam grande orgulho da sua identidade sexual. Assim, ficou decidido que o tema da marcha seria “Gay Pride”. As fontes divergem quanto ao número exacto de pessoas que finalmente participaram na marcha – as estimativas variaram de 1.000 a 20.000 – mas ninguém contesta que no início havia no máximo algumas centenas de manifestantes. No entanto, quando a marcha terminou, 51 quarteirões ao norte no Sheep Meadow do Central Park, os números aumentaram drasticamente, por indivíduos que se juntaram ao grupoo em solidariedade, entoando slogans como “grite bem alto: Gay is Good Gay is Proud”.

Um dia antes da marcha de Nova Iorque, cerca de 150 pessoas em Chicago encerraram o seu evento, que durou uma semana, tendo sido a primeira marcha do país em comemoração a Stonewall. No dia seguinte, “o primeiro desfile permitido no mundo defendendo os direitos dos gays” foi encenado no Hollywood Boulevard em Los Angeles e um “Gay In” foi realizado no Golden Gate Park em San Francisco. A partir dessa altura, o Orgulho Gay, ou Orgulho LGBTQ, passou a ser comemorado, nos Estados Unidos, no último domingo de Junho (embora houvesse muitas excepções), uma vez que se realizaram algumas marchas sombrias, acabando por se transformar em alegres.

Com o passar dos anos, os dias de celebração foram aumentando, para se tornar um evento de um mês. Foi oficialmente reconhecido pelo governo dos EUA quando o presidente Bill Clinton declarou Junho de 1999 “Mês do Orgulho Gay e Lésbico”, o presidente Barack Obama proclamou Junho como “Mês do Orgulho LGBT” e o presidente Joe Biden expandiu ainda mais a observância para “Lésbicas, Gays, Mês do Orgulho Bissexual, Transgênero e Queer (LGBTQ+).