PM de Santa Catarina recebe sua primeira policial trans; conheça Priscila Diana

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A comunidade trans do Brasil tem mais um motivo para se orgulhar muito. A Polícia Militar de Santa Catarina, após 185 anos de fundação, terá pela primeira vez uma policial transexual em sua equipe.

A sargento Priscila Diana já fazia parte do batalhão há 22 anos, mas, agora, seus dados cadastrais foram atualizados, sendo assim legalmente uma mulher. Ela está nessa luta por seus direitos há anos e enfrentou muitas dificuldades no processo.

É importante lembrar que, desde 2018, por decisão do STF, pessoas trans podem pedir que seus assentamentos sejam retificados no registro civil. Apenas é preciso comparecer ao cartório de registro com a documentação necessária: comprovação de laudos médicos, psicológicos ou cirurgias de readequação.

Em entrevista para a Revista Híbrida, Priscila Diana falou um pouco sobre sua trajetória. Confira:

“Eu nasci em uma cidade pequena do Paraná, mas minha família é do Rio Grande do Sul. Descobri ainda criança minha condição, mas na época ainda não existia muita informação sobre o que era a disforia de gênero. Cresci sempre sabendo que era mulher, mas demorei um pouco a iniciar minha transição por essa falta de informação e pelo medo de vir de uma família bem tradicionalista.

Minha transição foi gradativa por eu já estar na Polícia Militar. Na polícia, sempre exerci minhas funções de forma honrosa, me destacando e inclusive me aperfeiçoando, trabalhando em grupos táticos de missões mais graves. Fiz nivelamento na Força Nacional de Segurança Pública, quando atuei no Rio de Janeiro.

Tive grandes conquistas nesse ano, assim como muitas outras meninas e meninos trans, que foi minha retificação de nome para Priscila Diana, vindo a Diana se tornar meu nome de guerra militar (Sgt. Diana). Esse meu segundo nome foi sugestão de uma amiga trans. Em uma brincadeira, ela disse: já que vai brigar com o mundo, coloque o nome Diana, em referência à Mulher Maravilha. Entrei na brincadeira e disse que ia acrescentar isso no meu registro.

Mas minha maior conquista foi o reconhecimento da PM-SC. Desilusões tive aos montes, mas cada vez que caio sei que devo levantar mais forte por mim e pelas minhas outras irmãs. Hoje, quero aprender mais e mais com pessoas que são exemplos para mim. como minha diva Bruna Benevides.”

Põe na Roda


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