Mariana Mortágua diz que está “preparada para tudo” depois de assumir homossexualidade publicamente

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SIC Notícias

Mariana Mortágua, Graça Fonseca, Paulo Rangel e Adolfo Mesquita Nunes todos assumiram publicamente a homossexualidade. Não seria notícia se não fossem políticos. Querem colocar uma pedra sobre o assunto e evitar qualquer ruído no percurso político.

No Linhas Vermelhas da SIC Notícias desta segunda-feira a deputada e candidata à liderança do Bloco de Esquerda lamentou estar a ser alvo de uma “perseguição política”. Mariana Mortágua disse que está consciente de que esse tipo de tentativa de “desgaste” vai continuar, mas garantiu: “Estou preparada para tudo, vou continuar a ser quem sou e a fazer o meu trabalho”.

“Sei que este tipo de pressão e perseguição política vai continuar e até subir de tom. Seja porque sou mulher, seja porque sou de esquerda, seja porque sou uma mulher lésbica, seja porque sou filha de um resistente antifascista, seja porque, aparentemente, tenho o dom de incomodar algumas pessoas com muito poder. Sei que infelizmente para algumas pessoas vale tudo na política”.

Em causa está o processo contra Mariana Mortágua, que tinha sido arquivado pelo Ministério Público e voltou a ser reaberto, no qual a deputada era acusada de violar o regime de exclusividade por fazer comentário político na SIC Notícias.

 

Depois de vários processos judiciais movidos contra si – e todos arquivados – Mariana Mortágua decidiu antecipar outros ataques e junta-se assim a outros políticos que assumiram publicamente a homossexualidade, como a ex-ministra da Cultura Graça Fonseca, o antigo secretário de Estado Adolfo Mesquita Nunes e o vice-presidente do PSD Paulo Rangel.

Graça Fonseca: a primeira governante a assumir a homossexualidade

Graça Fonseca terá sido a primeira governante a assumir publicamente ser homossexual, em 2017, numa entrevista ao Diário de Notícias. Considerou, na altura, que era importante haver personalidades a afirmar publicamente que são homossexuais, uma vez que pode ajudar a combater o preconceito.

“Acho que se as pessoas começarem a olhar para políticos, pessoas do cinema, desportistas, sabendo-os homossexuais, como é o meu caso, isso pode fazer que a próxima vez que sai uma notícia sobre pessoas serem mortas por serem homossexuais pensem em alguém por quem até têm simpatia.”

A responsável disse mesmo que não basta fazer leis como as uniões de facto, o casamento ou a adoção para mudar as mentalidades: “Não bastam para mudar a forma como olho para o outro, que aquilo que muda a forma como olhamos para os fenómenos tem muito que ver com empatia…”

Paulo Rangel: a homossexualidade pode ser uma arma de arremesso

Numa entrevista ao programa da SIC Alta Definição, Paulo Rangel admitiu nunca ter falado sobre a orientação sexual com os pais, sabe que “era uma coisa difícil” para a mãe, por ser uma pessoa católica. Por isso, tentou sempre proteger a família, mas considera que sempre foi livre.

Durante a entrevista, desvaloriza aquilo a que chama de “tentativa de campanha negra sobre a orientação sexual de Paulo Rangel”, porque considera que não é nenhum problema e que nunca o escondeu.

O eurodeputado considera que a orientação sexual de um político não é relevante para a sociedade, mas sabe que a homossexualidade pode ser uma arma de arremesso. Mesmo assim, diz que não tem nada a esconder.

“Em junho, escreveram gay num cartaz meu”

Adolfo Mesquita Nunes, vice-presidente do CDS, também falou abertamente sobre a sua homossexualidade numa entrevista ao Expresso. O então vice-presidente do CDS contou como essa questão surgiu na sua campanha eleitoral na Covilhã, no ano passado, e como lidou com ela “com naturalidade”.

“Em junho, escreveram gay num cartaz meu que estava num cruzamento muito movimentado. (…) Pedi que não o substituíssem porque não era mentira. Se alguém da minha equipa achasse que isto era um problema, que saísse. Ninguém saiu. E o cartaz lá ficou quatro meses. Passei por ele centenas de vezes e nunca me arrependi de o não ter tirado”.

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