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Governo Malaio Penaliza Posse de Relógio Swatch LGBTQ+: Até 3 Anos de Prisão
O Governo da Malásia anunciou nesta quinta-feira uma proibição que despertou controvérsias: todos os relógios Swatch que contenham elementos associados às comunidades lésbica, gay, bissexual, transgênero ou queer estão agora proibidos no país. A medida adverte que qualquer indivíduo encontrado na posse de tais relógios pode ser condenado a até três anos de prisão.
Essa proibição, publicada no Diário Oficial da União, tornou-se oficial como parte de uma legislação relacionada à impressão, que engloba distribuição e posse de produtos. O governo expressou preocupações sobre a suposta influência prejudicial desses itens na moral do país.
A Malásia, predominantemente muçulmana, já criminaliza as relações entre pessoas do mesmo sexo, com penalidades que podem chegar a 20 anos de prisão.
Em maio deste ano, as autoridades malaianas realizaram incursões em lojas Swatch e confiscaram mais de 160 relógios de sua Coleção Pride. Esses relógios apresentavam cores do arco-íris, além de outras opções com seis cores únicas que se correlacionavam com a bandeira do orgulho LGBTQ. Alguns modelos traziam até duas voltas de arco-íris nas pulseiras.
A Swatch contestou as alegações de que seus relógios eram prejudiciais, argumentando que esses produtos transmitiam uma mensagem de paz e amor. A relojoaria suíça entrou com um processo contra o governo malaio, buscando compensações pelos danos e a devolução dos relógios.
De acordo com o Ministério do Interior, esses produtos são considerados “prejudiciais ou potencialmente prejudiciais à moralidade, ao interesse público e nacional, promovendo, apoiando e normalizando o movimento LGBTQ, que não é aceito pelo público em geral”.
Assim, qualquer indivíduo flagrado na posse de um relógio Swatch dessa coleção específica pode enfrentar uma condenação de até três anos de prisão, além de uma multa equivalente a quase 4 mil euros.
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