Adolescentes homossexuais rejeitados pela família têm até oito vezes mais probabilidade de cometer suicídio
“Mãe sempre sabe”. A máxima, que não é regra, expressa bem a experiência de Patrícia Coacci, 63, que no início dos anos 2000 convocou a família a fazer do lar um porto seguro para seu filho, Thiago, hoje com 31 anos. “Eu venho de uma maternidade muito rica. Tenho um filho que partiu muito jovem, uma filha que não saiu do meu ventre, mas de quem sou mãe por força do coração, e tenho um filho que é gay. Ao lado de meu marido, Klécius, sempre acompanhei de perto o desenvolvimento de cada um, e desde muito cedo nossa intuição já nos mostrava quem eles eram. Ainda criança, o Thiago nos apontava uma forma de estar na vida diferentemente dos irmãos, que são heterossexuais”, cita. Com a clareza de compreender o rebento, foi ela quem buscou estabelecer com ele diálogo, buscando transmitir uma mensagem de compreensão e de segurança. Aos 13 anos, o rapaz pôde falar abertamente da própria sexualidade para sua família, sendo acolhido de pronto.