Lideranças LGBTQIA+ defendem ‘agenda emergencial’ para o Ministério dos Direitos Humanos

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MANAUS – Lideranças ligadas ao movimento LGBTQIA+ defenderam, em entrevista para a REVISTA CENARIUM, uma “agenda emergencial” de ações por parte do Ministério dos Direitos Humanos.

MANAUS – Lideranças ligadas ao movimento LGBTQIA+ defenderam, em entrevista para a REVISTA CENARIUM, uma “agenda emergencial” de ações por parte do Ministério dos Direitos Humanos. A pasta será conduzida pelo filósofo, advogado e ativista dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, empossado nessa terça-feira, 3, em Brasília.

A agenda de lutas dos movimentos LGBTQIA+ está sendo recomposta para a retomada dos planos e projetos do novo Governo Lula (Reprodução/Condesef)

Para Luiz Mott, doutor em antropologia e fundador do Grupo Gay da Bahia, o Governo Lula, por meio do Ministério dos Direitos Humanos, tem que priorizar uma agenda prática e efetiva. “Primeiramente, estudar e propor estratégias para erradicar as mortes violentas contra LGBTQIA+. O Brasil não pode continuar na triste liderança de ser o País que mais mata LGBTQIA+, no mundo, um campeão de assassinatos“, criticou.

O antropólogo acredita que é preciso compor grupos de trabalho para desenvolver essas urgências. “É preciso criar grupos ou comissões para estudar a situação, quais as tendências e características dos crimes contra LGBTQIA+ e propor medidas eficazes no sentido de reverter a triste marca de termos um LGBTQIA+ assassinado por dia, no Brasil”, propôs.

Educação

Luiz Mott, experiente ativista e combativo representante do movimento gay, elencou prioridades para serem aplicadas pelo novo governo (Reprodução/ObservatórioG)

Além do estudo, Mott também propõe: “É preciso incluir, nas pautas de educação de base e em todos os níveis escolares, informações a respeito de sexualidade, orientação sexual e gênero para que as nossas crianças e jovens aprendam, desde cedo, a respeitar a diversidade. Inclua-se, também, diálogos com o Ministério da Educação para erradicar o machismo, a misoginia e a homofobia por meio da educação“, destacou.

Ele afirma, ainda, a necessidade de campanhas de combate às drogas e DST´s. “Temos que ter propostas imediatas na área da saúde no combate às DSTs/Aids para os jovens gays, que são os mais afetados, mais que os usuários de drogas e as prostitutas. E, finalmente, ter uma política de segura na área onde gays e travestis se concentram, principalmente, nas grandes cidades. Isso é necessário para evitar o bullying, a extorsão e os assaltos”, observou.

A presidente da Associação de Travestis Transexuais e Transgêneros do Amazonas (Assotram), Joyce Gomes, defende que é preciso refundar o diálogo com os movimentos e instituições LGBTQIA+ de todo o País. “Dentre as principais medidas, o chamamento dos movimentos e instituições para a criação do plano nacional de política LGBTQIA+”, afirmou a líder.

Para a ativista do Amazonas Joyce Gomes, é preciso retomar o diálogo para a criação do Plano Nacional de Política LGBTQIA+ (Reprodução)

Segundo Joyce, é preciso também que se estabeleçam o retorno de mecanismos já existentes, mas que precisam ser modernizados. “É necessário o retorno do conselho nacional e a consequente volta das conferências. De qualquer forma, já eram medidas adotadas pelo governo, mas que precisamos evoluir, precisamos urgente da criminalização, de uma lei específica, porque, hoje, o que temos são normas e portarias de equiparação e que não são efetivas”, finalizou.

AGÊNCIA AMAZÔNIA

 


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