LGBTQIA+ mais de 50 anos em busca de direitos e representatividade

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Por Glória Alvarez, diretora de Mulheres e LGBTQIA+ da ABI

Corria o ano de 1969 e Nova Iorque fervia, especialmente no Stonewall Inn, um bar gay recreativo. Inconformados com as diversas “batidas” policiais que frequentemente havia no bar, os frequentadores começam a criar o evento mais importante que levou ao movimento pelos direitos LGBT, nos Estados Unidos.

No Brasil estávamos na era da sigla GLS que definia gays, lésbicas e simpatizantes. Mas LGBT rapidamente substitui as três letras que evolui com a inclusão de pessoas de diversas orientações sexuais e identidades de gênero.

Passados 54 anos estamos em pleno Mês do Orgulho LGBTQIA+. E ainda há muitas dúvidas sobre como o movimento surgiu no Brasil e o porquê das letras da sigla.

O movimento cresce – No VII Encontro Brasileiro de Lésbicas e Gays (1993, em São Paulo) é decidido que uma Comissão Brasileira de Direitos Humanos para Lésbicas e Gays fosse constituída. Dois anos depois é fundada a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Trans (ABGLT), que veio a ser uma das principais organizadoras do Movimento LGBT, dando voz a um segmento social marginalizado.

A ABGLT, EM 2004, participou do Programa Brasil Sem Homofobia (BSH), através do qual foram conquistados avanços com políticas públicas afirmativas para a comunidade. A orientação sexual e a identidade de gênero foram incluídas no censo escolar e proibida a produção de material didático que contivesse preconceitos.

A nomenclatura – Entender cada letra e o que ela significa já levou muita gente a se reconhecer na sigla.

LGBTQIA+ é o movimento político e social que defende a diversidade e busca mais representatividade e direitos para essa população. O seu nome demonstra a sua luta por mais igualdade e respeito. Cada letra representa um grupo de pessoas. Além dos nomes e seus significados o mais importante é respeitar a nomenclatura com a qual a pessoa se identifica e como ela se autodenomina. As definições variam muito de acordo com o grupo que assina o glossário. As definições a seguir costumam variar e mesmo acrescentar outras possibilidades de perfis.

• Lésbica – pessoa do gênero feminino que, sexualmente ou afetivamente, sente-se atraídas por pessoas do mesmo gênero.
• Gay – usado, mais frequentemente, para definir pessoas do gênero masculino que se relacionam sexual e afetivamente com pessoas do gênero masculino.
• Bissexual – Aquele que se relaciona sexual e afetivamente com pessoas do gênero masculino ou feminino.
• Transgênero – Quem se opõe ao gênero que nasceu e se sente pertencente ao sexo oposto. Nesses casos pode haver mudança fisiológica. O termo Travesti (com o mesmo sentido de Transgredir e Transceder à imposição social) é atribuído aquelas pessoas que assumem identidade oposta àquela com a qual foi vista socialmente ao nascer. Já a pessoa Transexual além de não se sentir pertencente ao gênero atribuído socialmente ao seu órgão sexual, sente a necessidade de fazer uma transição também biológica.
• Queer – pessoas que não se identificam com os padrões da sociedade e não concordam com eles. Engloba diversas classificações, incluindo as que transitam pelos gêneros e as que não sabem definir seu gênero/orientação sexual
• Intersexuais – são pessoas que apresentam variações em cromossomos ou nos órgãos genitais, não permitindo que sejam identificados como masculino ou feminino
• Assexuais – sentem pouca ou nenhuma atração sexual pelos gêneros.
• Pansexual – amam e se sentem atraídas sem distinção de gênero ou sexualidade.
• Não-binárie – A letra N é uma adição recente ao glossário LGBTQIAPN+ e representa as pessoas não-binárie. O não-binárie sente que seu gênero está além ou entre a convencionalidade de homem ou mulher e pode defini-lo com outro nome e de maneira totalmente diferente.


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