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De acordo com uma pesquisa recente, descobriu-se que apenas 47% das mulheres que fazem sexo com mulheres realizam consultas ginecológicas anualmente, em comparação com os 76% das mulheres de modo geral. Esses números levantam a questão: lésbicas também podem contrair infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)?
É importante ressaltar que a orientação heteronormativa dos profissionais de saúde pode ser uma barreira para uma assistência adequada de saúde nesse contexto. Muitas vezes, o cuidado ginecológico é focado apenas na prevenção e tratamento de ISTs relacionados ao sexo heterossexual, negligenciando a saúde sexual das mulheres que se relacionam com outras mulheres.
Embora as ISTs possam ser menos comuns entre mulheres que fazem sexo com mulheres, ainda existe o risco de transmissão. O uso compartilhado de acessórios sexuais sem a devida higienização, o sexo oral e a prática sexual vagina com vagina podem alterar a flora vaginal e facilitar a entrada de agentes causadores de ISTs, mesmo que não sejam consideradas ISTs por si mesmas, como a vaginose bacteriana.
Portanto, é fundamental que todas as mulheres, independentemente de sua orientação sexual, tenham acesso a informações e serviços de saúde adequados. Profissionais de saúde devem ser treinados para fornecer suporte e orientação inclusivos, garantindo que todas as mulheres recebam a assistência necessária para proteger sua saúde sexual.
Com Informações DIÁRIO GAÚCHO