Hétero? Gay? Bi? A tendência é ser pan como Gianecchini

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Famosos ajudam a popularizar o conceito de pansexualidade em contraponto a uma crescente onda conservadora,
Jeff Benício
“E eu gosto de meninos e meninas / Vai ver que é assim mesmo e vai ser assim pra sempre”, cantava Renato Russo em um dos clássicos da Legião Urbana. “Me considero pansexual”, disse o cantor em uma entrevista. Ele foi um dos primeiros artistas brasileiros a citar a pansexualidade. “Em relação ao sexo, vivo com o espírito nu”, repetia o roqueiro Serguei, mais famoso pansexual do País.

A discussão a respeito dessa falta de limites na hora de se envolver afetiva ou sexualmente voltou à tona a partir de uma entrevista de Reynaldo Gianecchini. “Nunca quis levantar nenhuma bandeira. Acredito na liberdade de ser o que cada um quiser ser. Acredito que todo mundo tem muitos lados dentro de si mesmo e que a sexualidade reflete muito isso”, declarou o ator à agência EFE.

“Não tenho medo de olhar além. Eu não me encaixo em nenhuma definição”, explicou. “Dizem que sou gay, mas não me considero assim. Eu me considero tudo ao mesmo tempo. Se existir uma palavra para mim, então é pan, porque pan é tudo.” Em setembro de 2019, ele suscitou manchetes com uma declaração a O Globo: “Já tive, sim, romances com homens.”

Em março deste ano, durante conversa com a revista Pop-se, negou definitivamente ser apenas gay. “Sou tudo”, definiu-se. O artista comentou a decisão de compartilhar a intimidade. “É uma atitude política falar isso hoje em dia. A sociedade é muito careta. O Brasil é um País preconceituoso, racista e reprimido.” A sexualidade do galã gera curiosidade, fofocas e matérias desde que estreou na TV, na novela Laços de Família, no ano 2000, quando era casado com a apresentadora Marília Gabriela.

Gianecchini não está sozinho: outros famosos admitiram ser pansexuais. Entre eles, a influencer e ex-BBB Bianca Andrade (Boca Rosa), o ator Andrew Garfield (ex-Homem Aranha), a ex-atriz da Disney e agora ídolo pornô Bella Thorne, e os cantores Miley Cyrus, Mike Taveira e Brendon Urie. Preta Gil também faz parte desse grupo. “Eu gosto de gente”, disse.

Psicóloga Alessandra Assis afirma que os pansexuais devem ignorar o preconceito para viver livremente seu desejo
Psicóloga Alessandra Assis afirma que os pansexuais devem ignorar o preconceito para viver livremente seu desejo

Foto: Blog Sala de TV

A pansexualidade é uma tendência, um modismo ou apenas tem tido maior visibilidade? Ouvimos a psicóloga Alessandra Assim para entender a questão.

Gianecchini disse não ser hétero nem gay nem bi, se considera pan. Como a psicologia vê essa classificação?

Pansexualidade é uma orientação sexual, ou seja, não tem relação com o gênero da pessoa. Se refere a quem se atrai por pessoas independentemente de gênero. Ser pan significa ter atração por todos os gêneros e não por todas as coisas. Uma pessoa pansexual pode se sentir atraída por uma mulher ou um homem cisgênero, um homem ou mulher transexual ou até mesmo alguém sem gênero definido, ou ainda quem transite entre os gêneros. Existem inúmeras possibilidades entre heterossexuais e homossexuais e o que importa é como cada um vive a sua liberdade de escolha em relação a sua sexualidade.  De maneira consciente ou inconsciente somos seres sexuais e o impulso sexual está presente na vida cotidiana, na cultura e na arte. Infelizmente vivemos em uma sociedade que ainda tem bastante preconceito com a diversidade.

Essa liberdade sexual das novas gerações, que fogem de rótulos sexuais, é um modismo ou uma mudança efetiva no comportamento humano?

O pansexual tem atitude aberta em relação ao sexo e não se limita às relações convencionais, mas isso não significa que seja uma parafilia sexual, uma desordem sexual. O pansexual se relaciona com pessoas, e não coisas, plantas ou animais. O indivíduo pansexual tem interesse e atração somente por outros seres humanos. Muitos veem a pansexualidade como uma moda, entretanto, esse termo existe desde 1990, quando as pessoas sentiram o desejo de indicar que há mais de dois gêneros. Quem apresenta essa condição de gênero entende o sexo a partir de sua liberdade individual, e vai além do tradicional, do convencional, não se preocupa com rótulos e definições, e sim com a fluidez dos seus sentimentos e vontades. Respeitando a si e não às normas da sociedade do que é certo ou errado.

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