Grécia: Igreja Ortodoxa pede excomunhão de deputados sobre casamento LGBTQ+

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Os clérigos defendem a expulsão dos “deputados imorais” da Igreja e as autoridades eclesiásticas de Corfu anunciaram esta quinta-feira que dois deputados locais seriam proibidos de participar em quaisquer eventos e rituais religiosos.

A diocese de Corfu acusa os deputados de terem cometido “o mais profundo erro espiritual e moral” quando aprovaram o projeto de lei que permite o casamento LGBTQ+ no parlamento em 15 de fevereiro. “Para nós, estes dois deputados não podem considerar-se membros ativos da Igreja”, declara o bispado em uma declaração. “Pedimos que eles se arrependam de sua impropriedade.” O líder espiritual da Igreja Ortodoxa Grega, Dom Ieronymos, descreve o projeto de lei como “puro mal” e sugere que a votação seja submetida a um referendo popular.

Várias figuras importantes da Igreja Ortodoxa Grega argumentam que a lei levará a exigências de outros direitos por parte de casais do mesmo sexo e, consequentemente, ao desmantelamento da família e da sociedade gregas, segundo o The Guardian. Para demonstrar o seu descontentamento com o governo, o Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa anunciou que a cerimónia de 24 de Março, Domingo Ortodoxo – um dos dias mais sagrados do calendário Ortodoxo Oriental – não se realizará, como é tradição, no catedral da capital, mas numa igreja mais pequena, para a qual a presidente, Katerina Sakellaropoulou, não foi convidada. A Grécia tornou-se a primeira nação cristã ortodoxa do mundo a aprovar a lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo, com 175 deputados de todo o espectro político a votarem a favor em 15 de Fevereiro.