Os próprios atores têm enfatizado a grande visibilidade que está sendo dada a comunidade queer.
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A diretora Greta Gerwig preparou diversas surpresas para o tão aguardado filme “Barbie”. Além de não ser um longa-metragem destinado exclusivamente ao público infantil – sendo classificado para maiores de 12 anos – o filme se apresenta como uma celebração vibrante da diversidade LGBTQIAP+. Os próprios atores têm enfatizado esse aspecto em entrevistas, destacando o enfoque especial na comunidade queer e sua essência autêntica.
Em declarações à revista Attitude, o ator Simu Liu descreve o filme como uma verdadeira celebração da comunidade queer, exaltando sua pureza e espírito. A atriz Issa Rae, que interpreta a Barbie Presidente, ressalta que muitos homens gays desejariam ter brincado com a boneca durante a infância, e que o filme proporciona uma oportunidade para imergir livremente nesse universo.
Margot Robbie, que interpreta a icônica Barbie, frisa que os personagens Barbie e Ken não possuem orientações sexuais definidas, pois são bonecos sem órgãos reprodutivos. No entanto, a energia LGBTQIAP+ presente no live-action provém, em grande parte, do próprio elenco. Muitos deles são membros da comunidade, como Kate McKinnon, intérprete da Barbie Estranha, que é lésbica; Hari Nef, que dá vida à Barbie Médica, é trans; e Ncuti Gatwa e Scott Evans, que interpretam Ken, são gays.
Embora Margot enfatize a ausência de orientações sexuais nos bonecos, a história do filme revela nuances que ecoam vivências comuns a pessoas LGBTQIAP+. O personagem Allan, interpretado por Michael Cera, prefere relacionamentos com as personagens femininas em vez dos variados Kens, reforçando o aspecto da diversidade e liberdade.
A Mattel, empresa responsável pela Barbie, originalmente lançou o boneco Allan como o melhor amigo de Ken e marido da boneca Midge, melhor amiga da Barbie. No entanto, o filme apresenta uma abordagem diferente, explorando novas narrativas e dinâmicas entre os personagens.
Além disso, o filme adota uma estética camp, caracterizada pelo exagero, artificialismo e teatralidade, que também encontra raízes na cultura LGBTQIAP+. Historicamente, o termo “camp” foi adotado como um código por homens gays para questionar a heteronormatividade compulsória.
A trilha sonora do filme é composta por divas pop queridas da comunidade LGBTQIAP+, como Dua Lipa, Nicki Minaj, Charli XCX e Sam Smith, acrescentando uma dimensão musical empolgante e inclusiva à produção.