Em busca de uma competição justa, nova política entra em vigor no dia 1 de setembro deste ano.
O debate sobre a justiça competitiva em relação a mulheres trans competirem com mulheres cisgénero tem estado aceso e a Federação Britânica de Natação – Swim England – marcou o seu lugar na mesa criando uma “categoria aberta” para as competições nacionais, a partir do próximo dia 1 de Setembro, informaram na passada segunda-feira, dia 3 de abril.
Nesta categoria podem incluir-se competidores trans e não-binários e engloba competições de natação, natação artística, mergulho e polo aquático.
De acordo com a Swim England esta atualização “garante que haja oportunidades competitivas básicas para que as pessoas transgénero possam participar na maioria das vertentes dentro da sua identidade de género”, cita a Reuters.
Isto, ao mesmo tempo em que acreditam que fica salvaguardada a justiça de competição para as categorias femininas, uma vez que apontam para o consenso que existe sobre as mulheres transgénero pós-puberdade manterem uma vantagem no rendimento tendo em conta a biologia.
Organização dedicada a jovens trans aponta o dedo e acusa de exclusão
“Dececionante”, foi o termo que a Mermaids, uma organização britânica de caridade para jovens transexuais, usou para criticar a polícia da Swim Englang e acusou a Federação de “negar fundamentalmente às mulheres trans o direito de competir com alguém como elas”.
“Pedimos à Swim England que reverta sua decisão de proibir mulheres trans de competir com as suas adversárias e tornarem o desporto em algo inclusivo e bem-vindo para jovens trans”.
Esta nova política adotada pela Federação Britânica de Natação, visa a integração de género e segue o exemplo da Federação Internacional de Natação (FINA) que, em junho do ano passado, aprovou esta “categoria aberta” para nadadores transexuais.