A primeira edição do Encontro Nacional de Travestis, Homens e Mulheres Trans e Não-Bináries, organizado pela Secretaria de Estado da Mulher e Direitos Humanos (Semurdh), ocorreu do dia 26 a 29 deste mês. O evento, realizado no Estádio Rei Pelé, contou com a participação de mais de 150 pessoas.
Com o intuito de promover discussões sobre educação, direitos humanos e políticas públicas direcionadas a esses grupos da população brasileira, o encontro ofereceu palestras e rodas de conversa com renomados ativistas trans e não-binários de todo o país. O debate também abordou os avanços e desafios na garantia de direitos, respeito ao nome social e identidade de gênero, processo transexualizador, além de questões relacionadas à redução de danos e prevenção ao HIV.
Foram ainda discutidos temas como empregabilidade, afastamento e vulnerabilidade social, e a importância da cultura na visibilidade das pessoas trans. A secretária de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria Silva, ressaltou a necessidade de incluir a população trans e não-binária, assim como a comunidade LGBTQIAPN+, no planejamento da gestão pública. Ela enfatizou a importância desse encontro para compreender a luta e as necessidades dessas comunidades, bem como para o desenvolvimento de políticas públicas.
Além das atividades de debates, o evento também incluiu um momento cultural no Centro Cultural Arte Pajuçara, com a apresentação do espetáculo “Divas da Noite”, realizado pelo Grupo Transhow e com a participação de artistas locais. Ao final das atividades, um relatório foi produzido, reunindo os desafios e necessidades dessas populações. Esse documento será entregue aos governos Federal e de Alagoas, servindo como guia para a elaboração e implementação de políticas públicas.
O Encontro foi organizado pela Gerência de Articulação, Execução e Monitoramento de Políticas Públicas da Semudh, em parceria com diversas secretarias estaduais e entidades voltadas para o ativismo LGBT. Entre elas estão o Grupo Gay de Maceió (GGM), RedTrans, Aliança Nacional LGBTI, Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABRAFH), Fundo Positivo LGBTQIA+, Fundo Positivo, Act Trans, Instituto Brasileiro de Transmasculinidade (IBRAT), além dos Conselhos Estadual e Nacional LGBT. O evento também contou com o apoio do Ibis Budget, bem como de parlamentares e vereadores de Alagoas.