Documentário ‘Pajubá’ Destaca Vivências Trans e Escolhe Salvador como Cenário

A capital baiana foi selecionada como um dos cenários para o documentário “Pajubá”, que dá voz às experiências e desafios enfrentados por pessoas trans em todas as regiões do Brasil. Após percorrer o Rio Grande do Sul, o filme chega à Bahia para captar depoimentos, incluindo o da presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais, Keila Simpson, no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA). Ao todo, serão entrevistadas 28 pessoas trans de todas as regiões do país. Após Salvador, o documentário seguirá para São Paulo.

A direção de “Pajubá” está a cargo de Gautier Lee, uma cineasta negra, natural de Angra dos Reis, e não-binária. Ela enfrenta o desafio de entrelaçar essas narrativas e apresentá-las nas telas do cinema. “Pajubá representa a pluralidade do nosso país. O Brasil é quase continental, somos a maior parte da América do Sul e também uma grande parte da América Latina. Estamos tentando expressar isso dentro do nosso recorte de vivências, pessoas e cultura trans. Ter Keyla Simpson participando desse projeto é incrível. Quando eu estava nascendo, ela já era ativista. Agora tenho o privilégio de sentar frente a frente com ela e entrevistá-la, conversar com ela. Esse é o primeiro longa que estou dirigindo e vou ter a presença de uma pessoa que está literalmente lutando desde que eu nasci”, comenta Gautier.

Keila Simpson, a primeira travesti a receber o título de Doutor Honoris Causa no Brasil, concedido pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 2022, fala sobre sua participação no filme. “Me sinto muito honrada de participar desse documentário. O filme se comunica com uma parte da população que não está acostumada com essas histórias e está tendo a oportunidade de atingir um determinado público. É um pouco disso, falar sobre diversas coisas e se comunicar com pessoas que talvez não parariam na esquina para te ouvir”, comenta Keila.

Com Informações TRBN