Diário com 200 anos questiona criminalização da homossexualidade

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Agricultor inglês do século XIX vem revolucionar as perpectivas que dos historiadores modernos com um diário onde questiona a criminalização da homossexualidade.

AMA/AM

m diário de um agricultor inglês do século XIX, descoberto acidentalmente pela investigadora da Universidade de Oxford Eamonn O’Keeffe, vem revolucionar as perpectivas que dos historiadores modernos com um diário onde questiona a criminalização da homossexualidade.

De acordo com a CNN, o diário de Matthew Tomlinson foi descoberto acidentalmente quando O’Keeffe investigava o papel de músicos britânicos militaristas durante a época das invasões francesas.

Nas passagens do diário, datado de 1810, Matthew Tomlinson escreve sobre a morte de um cirurgião da marinha que foi sodomizado – um castigo recorrente aplicado a homossexuais no século XIX. Segundo Tomlinson, penalizar as pessoas por causa de algo que era a sua “natureza desde a infância” era injusto.

“Parece-me um paradoxo como os homens, que são homens, deveriam possuir tal paixão e mais particularmente, se essa é a sua natureza desde a infância (como me foi dito) – se eles sentem essa inclinação e propensão, naquele momento da vida em que os jovens se transformam em homens, então isso deve ser considerado natural, caso contrário, é um defeito na natureza… parece cruel punir esse defeito com a morte. […] Deve parecer realmente estranho que Deus possa fazer um ser com tal natureza ou com um defeito dessa natureza e, ao mesmo tempo, decretar que, se aquele que ele criou seguisse, a qualquer momento, os chamamentos da natureza com a qual nasceu, seria punido com a morte”, escreveu o agricultor.

Matthew Tomlinson vem assim contradizer as concepções dos historiadores sobre os comportamentos perante a homossexualidade naquela época, que era visto e pensado apenas como algo anormal e perigoso.

Segundo a CNN, esta descoberta demonstra que no século XIX a mentalidade era mais moderna do que a de 70 países na atualidade que, segundo a ILGA, ainda tratam a orientação sexual com uma forma de desvio e criminalidade.

Dado o seu conteúdo, o diário chamou a atenção de vários historiadores que estão agora a analisar a descoberta, como é o caso de Fara Dabhoiwala, uma professora da Universidade de Princenton, nos Estados Unidos.

Em conferência de imprensa que Tomlinson, Dabhoiwalan afirma que os escritos de Tomlinson providencia a prova viva de que, “mesmo em tempos de severas repressões, historicamente as atitudes perante as orientações sexuais seriam mais compassivas do que é normalmente presumido.”

TVI iol.pt


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