A família de Lorena e Thays começou a ser formada em 2013, quando as duas congelaram embriões que foram gestados com 9 anos de diferença
A fertilização in vitro (FiV), foi a resposta encontrada por elas para realizar o sonho da maternidade. A FiV é um processo de produção de embriões humanos a partir de procedimentos de reprodução humana assistida. Em laboratório, os médicos juntam espermatozoides – que, neste caso, foram doados – com óvulos, facilitando a procriação de pessoas com dificuldades reprodutivas ou de casais homoafetivos.
Lorena deu à luz a Heloísa, hoje com 9 anos. Thays gestou as gêmeas Maitê e Olívia, com 1 ano e 3 meses. As três crianças são fruto de embriões que foram congelados juntos, em 2013. “Elas poderiam ter nascido juntas, gosto de dizer que são quase trigêmeas”, diz a nutricionista.
O casal, que vive em Goiânia, tentou diversas técnicas para conseguir ter as filhas. Dos 16 anos que já passaram juntas, foram quatro anos tentando se tornar mães com seis técnicas diferentes.
“Sempre quis ser mãe e a Thays embarcou rápido comigo. Tentamos cinco processos, entre inseminações caseiras e inseminações artificiais. Nunca desistimos, mas foi muito difícil. É muito frustrante quando uma mulher tem o sonho de ser mãe e tem tanta dificuldade de conseguir”, lembra Lorena.
Separadas por 9 anos
Foram 10 embriões produzidos a partir de óvulos de Lorena com o sêmen de um doador anônimo. Os dois primeiros foram implantados nela em 2013 e foram os que deram origem a Heloísa.
Os demais, porém, foram perdidos em distintos processos, três tentando uma segunda gestação de Lorena e outros três descongelados antes do processo de fertilização de Thays. Os dois óvulos que deram origem às gêmeas eram, na verdade, as últimas chances de fertilização delas.