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Após Felipe Neto se tornar o rosto do chocolate Bis, seguidores de Bolsonaro pedem um boicote e incentivam o consumo do KitKat. Contudo, esses apoiadores se encontram agora em uma encruzilhada após depararem com uma campanha de KitKat a favor da comunidade LGBT. Esta situação gerou uma onda de humor nas redes sociais, com comentários como “Não há para onde escapar” e “Acho que vão ter que voltar a comer capim”.
A ascensão da hashtag “#BISnuncamais” nas redes sociais trouxe à tona uma disputa de mercado que agora se desdobrou no campo político, após a escolha do influenciador Felipe Neto como garoto-propaganda da marca de chocolate Bis.
A mobilização dos simpatizantes e aliados do ex-presidente Bolsonaro insta seus seguidores a boicotar os produtos da Lacta, fabricante do Bis e subsidiária da multinacional Mondelez. Diversas personalidades públicas, incluindo parlamentares como Carla Zambeli (PL), sugeriram a opção pelo KitKat, produzido pela concorrente Nestlé. No entanto, internautas ressuscitaram uma significativa campanha pró-LGBT da KitKat, deixando os bolsonaristas em uma situação confusa e sem saber como reagir. Isso resultou em uma série de brincadeiras nas redes. “Parece que eles [bolsonaristas]estão sem saída e terão que começar a fazer seus próprios chocolates”, observou um usuário. “Ou voltar a comer capim”, acrescentou outro. “Melhor começarem a comer o garoto [referência a Renan] kkkkk”, brincou mais um.
Após assistirem à campanha da KitKat, os apoiadores de Bolsonaro passaram então a sugerir o consumo de uma terceira marca de chocolate em substituição às duas primeiras: Hersheys. O Bis é um dos patrocinadores da CCXP 2023, uma convenção dedicada ao universo geek, marcada para novembro, e a primeira aparição de Felipe Neto foi em um podcast patrocinado pela marca.
Posteriormente, o próprio influenciador divulgou nas redes sociais os resultados dessa parceria. Já os aliados do presidente Lula começaram a incentivar o consumo do Bis.
A Mondelez esclareceu, em comunicado, que a contratação de influenciadores está relacionada exclusivamente à sua relevância na internet, sem qualquer ligação ou apoio político, e reafirmou seu respeito pelas diferentes opiniões.