App SCRUFF reforça a importância do debate sobre direitos humanos e homofobia nos esportes

Somando mais de 20 milhões de usuários entre 180 países e 6 continentes, o aplicativo destinado para gays trans e bissexuais SCRUFF, fundado em 2010 por Johnny Skandros e Eric Silverberg e o único de todos os apps de seu segmento que foi fundado e continua sendo gerido por pessoas LGBTQ,  acredita que é essencial combater preconceitos e, em época de Copa do Mundo, continua trazendo visibilidade e representatividade para o atleta gay. 

Empresa que patrocina e apoia o esporte e luta contra a homofobia, o SCRUFF Brasil já esteve presente como patrocinador da Champions Ligay, liga formada por atletas amadores, nas edições de Brasília (2019) e São Paulo (2018), o “brasileirão” de futebol Society. O SCRUFF mantém ainda uma parceria longa com o Unicorns Brazil – fundado em abril de 2015 inicialmente como um time de futebol voltado apenas para o público LGBTQIA+ e reconhecido projeto social essencial para a diversidade, voltado a todos da comunidade LGBTQIA+ –, quebrando a barreira de que o futebol é não é para a comunidade e o estigma de que gays, trans, lésbicas não gostam de futebol. O aplicativo apoiou também o Primeiro Torneio SCRUFF de Vôlei de Praia, realizado no verão de 2019 no Rio de Janeiro, com mais de 20 times, 100 atletas inscritos e doações de alimentos para as vítimas da tragédia de Brumadinho.  

“Neste ano de 2022 a Copa do Mundo acontecerá no Catar, país onde a homossexualidade é considerada crime e os direitos das mulheres são restringidos por leis de tutela masculina, colocando em debate o respeito aos direitos humanos e gerando um inédito levante de países e jogadores contra o país-sede”, afirma Filipe Manetta Marquezin, do Unicorns Brazil. “O futebol ainda é um esporte muito homofóbico. Desde o vestiário até o campo, tenta expulsar os LGBTQIA+ ou fazer com que eles fiquem no armário. Se possível, lá do vestiário. Ou ainda, e pior, fora dos estádios”, finaliza.  

No mesmo fim de semana da abertura da Copa, São Paulo recebe a 6ª Edição da Champions Ligay, com a participação de 700 atletas LGBTQIAP+ de todo o Brasil. O torneio faz alusão ao campeonato europeu, com intuito de chamar a atenção para a causa do preconceito no esporte e trazer à luz o questionamento de por qual razão quase não há gays declarados no esporte como um todo. A Ligay Nacional de Futebol é uma associação esportiva sem fins lucrativos criada em 2017 e atua para eliminar qualquer forma de preconceito no esporte e fora dele. Atualmente, conta com 42 equipes filiadas, 15 em processo de filiação, com um total de 5 mil atletas, e desenvolve atividades em quase todos os estados do Brasil.  

O SCRUFF valida a importância desse debate levantado por grandes nomes do futebol e pelas principais seleções – os Estados Unidos, por exemplo, demonstram seu apoio público à causa LGBTQIA+ com a inclusão das cores do arco-íris no escudo do time nas instalações de treinamento e a sala de imprensa da equipe, e o Brasil, como era de se esperar, está calado e já disse que não se manifestará.