Marcos Martins
Ainda falta muito para o Turismo brasileiro atender bem o segmento LGBT, mas outra barreira é o medo das agências de divulgarem os pacotes e serviços disponíveis. Um deles é o produto de casamento homoafetivo, que cresce à medida em que as leis avançam globalmente e foi tema de painel da Conferência Internacional da Diversidade e Turismo LGBT. Mais casais desejam oficializar as suas uniões e neste momento é que surgem as oportunidades.
A diretora de Vendas da RCD Hotels no Brasil, que inclui a marca Hard Rock All Inclusive, Carla Cecchele, explica que os hotéis representados são gay-friendly e oferecem opções variadas para casamento. “Para nós este segmento é muito tranquilo e fácil, pois não há diferença de público na nossa rede. É muito bom ver a alta deste mercado, mas ainda sentimos que as agências têm receio de trabalhar com o público LGBT, pois vendem, mas não promovem. No nosso caso, por exemplo, as agências não costumam pedir o material focado no segmento LGBT que criamos.”
Já a fundadora da Aonde Casar, Simone Tostes, abordou as possibilidades do nicho, tendo como base a empresa de planejamento de Destination Wedding que possui escritórios de representação fora do País. “Não enxergo o casamento gay como diferente, pois a alegria e o amor são os mesmos. Quando realizamos um casamento a gente preza pela qualidade do serviço com todos os parceiros, incluindo fotógrafos, videomakers, maquiadores.”
Outro ponto essencial é o diálogo para saber exatamente o que os noivos desejam. “Há mercados que estão um pouco à frente do Brasil e a preparação é feita de acordo com a necessidade do casal para depois passarmos às agências, com tudo especificado e pontuado, se vai ter festa, pool party ou outro detalhe. A partir desse momento é que a agência entra em contato com os hotéis e outros setores para deixar tudo de acordo com a demanda.”
A PANROTAS é media partner da 3ª Conferência da Diversidade e Turismo LGBT
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