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Flores Queer: A Importância Histórica da Lavanda, Amor-Perfeito e Cravo Verde na Comunidade LGBTQIA+
A linguagem das flores abrange um amplo espectro de sentimentos, que vão desde o amor até o desdém.
Ao longo da história, as comunidades LGBTQ+ têm utilizado essa linguagem sutil das flores como forma de transmitir solidariedade e expressar sua identidade pessoal, por meio de um gesto tão simples como usar uma flor na lapela.
Muitas dessas flores possuem conexões profundas com ícones queer e ressoam em outros símbolos LGBTQ+, acrescentando um significado especial e único a essas expressões florais.
Ao longo da história, as flores sempre carregaram algum tipo de simbolismo em diferentes épocas e culturas. No entanto, foi durante a era vitoriana que a linguagem das flores se tornou especialmente popular, uma vez que a comunicação social era altamente codificada, especialmente no que diz respeito ao romance.
Não é surpresa, então, que as comunidades queer encontrem beleza e um senso de pertencimento ao continuar essa interessante tradição.
Um exemplo emblemático é a lavanda. Os tons de roxo têm sido associados às comunidades LGBTQ+ desde a época de Safo, uma poetisa grega da antiguidade conhecida por seu amor pelas mulheres. No entanto, foi no final do século XIX que a lavanda entrou completamente no léxico gay. Essa flor delicada e perfumada passou a representar o amor entre pessoas do mesmo sexo e a expressão da identidade queer.
Embora as flores sempre tenham carregado algum simbolismo ao longo da história, a linguagem das flores se tornou especialmente popular durante a era vitoriana, quando a comunicação social era altamente codificada, especialmente no que diz respeito ao romance.
Portanto, não é surpreendente que as comunidades LGBTQ+ encontrem beleza e conexão ao continuarem essa tradição interessante. Várias flores têm conexões profundas com ícones queer e ressoam com outros símbolos queer.
Lavanda: Os tons de roxo sempre estiveram associados às comunidades LGBTQ+ desde a época de Safo. No final do século XIX, a lavanda entrou completamente no vocabulário gay. Essa flor delicada e perfumada passou a representar o amor entre pessoas do mesmo sexo e a expressão da identidade queer. Além disso, a cor lavanda estava na moda na Europa da época e era associada a apreciação pela arte e pela beleza, que em certos círculos era considerada pouco masculina.
Violeta: As violetas estão intimamente ligadas à tradição de Safo, a famosa poetisa da Grécia Antiga. Recebemos as palavras “sáfica” e “lésbica” dela, em referência à sua casa na Ilha de Lesbos. As violetas persistiram ao longo dos anos como um símbolo queer, especialmente por meio do trabalho da poetisa britânica Renée Vivien e das representações de Safo adornadas com flores roxas.
Amor-perfeito: O termo “pansy” (amor-perfeito em inglês) tem sido usado como um termo pejorativo para homens gays, associando-os à fraqueza e efeminação. No entanto, o movimento “Pansy Craze” nas décadas de 1930 nos Estados Unidos descreveu um estilo de vida queer boêmio, caracterizado por festas com artistas drag e extravagância. Comunidades marginalizadas muitas vezes retomam palavras usadas contra elas, e o movimento “Pansy Project” planta amores-perfeitos em locais de abuso homofóbico e transfóbico.
Rosa: A rosa é o símbolo floral do amor, e isso inclui o amor queer. Na história japonesa, a rosa foi associada a homens gays e ressurgiu na mídia queer nas décadas de 1960 e 1970. Rosas, especialmente em várias cores ou “tingidas” com tons de arco-íris, são uma flor popular usada nas paradas do Orgulho Gay.
Cravo verde: O cravo verde pode parecer uma escolha estranha como símbolo, mas o escritor Oscar Wilde o popularizou em 1892 durante a abertura de sua peça “O leque de lady Windermere”. Wilde pediu aos atores e alguns de seus fãs que usassem os cravos verdes, embora não tenha explicado o motivo. Rumores de Paris sugerem que os cravos verdes eram um sinal de afiliação entre os gays.
Essas flores e seus significados queer continuam a desempenhar um papel importante na expressão de identidades e na transmissão de solidariedade dentro das comunidades LGBTQ+. A linguagem sutil das flores.