Saúde pode criar centro ambulatorial para público gay

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Agência Estadual de Notícias

 

A Secretaria de Estado da Saúde estuda a criação de um centro de
referência ambulatorial voltado ao atendimento ao público LGBT,
sobretudo os transsexuais e travestis.O assunto foi discutido nesta
segunda-feira (22), quando o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto,
recebeu representantes de diversas entidades representativas desse
segmento da população.

Segundo Caputo Neto, a secretaria vai criar um grupo de
trabalho para elaborar a proposta inicial. "Contamos com o apoio das
instituições para formular um grande projeto nesta área. Sabemos que a assistência a essa população ainda carece de atenção e investimento", afirmou.

O centro de referência – cuja localização ainda não
está definida – deverá prestar atendimento integral ao paciente,
levando em conta as particularidades e doenças que mais atingem esse
público. Exames e testes rápidos
também serão ofertados. Além disso, o Estado vai estudar uma forma de
capacitação dos profissionais de saúde dos municípios para prestar
assistência adequada ao público LGBT nas unidades básicas de saúde
(UBS).

De acordo com Liza Minelly, da Rede Nacional de Pessoas Trans, é preciso eliminar o preconceito nos serviços de saúde. "O atendimento deve ser humanizado e respeitar os direitos do cidadão, independente de sua opção sexual", disse.

Outro tema abordado na audiência foi o credenciamento de
um serviço paranaense para realização de cirurgias de
transgenitalização, conhecida como mudança de sexo. No Paraná, a pessoa
que tem interesse na cirurgia deve iniciar o tratamento em um posto de
saúde de seu município, mas o procedimento cirúrgico ocorre em outros
estados, como Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.

Para a presidente do Transgrupo Marcela Prado, Carla Amaral, sem
um serviço credenciado no Paraná, o acesso a esse tipo de cirurgia fica
dificultado, mesmo com todo o custeio da viagem sendo pago pelo Estado.
"Há diversos transtornos que poderiam ser evitados se tivéssemos a
cirurgia no Paraná. Com o apoio do Estado esperamos que isso aconteça em
breve", enfatizou.

Representantes das três esferas governamentais, além de
entidades representativas LGBTs, devem se reunir em novembro para
discutir a questão do credenciamento. Desde 2008, quando o Ministério da
Saúde incluiu a mudança de sexo na lista de cirurgias disponíveis pelo
Sistema Único
de Saúde, 17 processos foram abertos no Estado. Antes da cirurgia, o
paciente passa por um período de preparação que dura pelo menos dois
anos e envolve inclusive atendimento psicológico.

 

 


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