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Ao menos três indivíduos que exibiram itens com as cores do arco-íris foram detidos ou multados na Rússia, marcando os primeiros casos públicos após a proibição do ativismo LGBTQ+, informaram meios de comunicação russos e grupos de direitos humanos nesta segunda-feira.
De acordo com relatos divulgados no site de notícias independente russo Mediazona e citados pela Associated Press (AP), um tribunal em Saratov, localizado a 730 quilômetros a sudeste de Moscou, impôs uma multa de 1500 rublos (cerca de 15 euros) à artista e fotógrafa Inna Mosina por conta de várias publicações em uma rede social retratando bandeiras do arco-íris.
Mosina e seus advogados mantiveram sua declaração de inocência, alegando que as publicações foram feitas antes da decisão das autoridades russas de considerar o ativismo LGBTQ+ como extremista. Apesar do relatório da polícia sobre o suposto delito datar de antes da proibição, o tribunal determinou o pagamento de uma multa.
Na semana passada, um tribunal em Nizhny Novgorod, localizado a cerca de 400 quilômetros a leste de Moscou, ordenou que Anastasia Yershova cumprisse cinco dias de prisão por usar brincos com as cores do arco-íris em público, conforme relatado pela Mediazona.
As leis russas proíbem a exibição pública de símbolos de organizações extremistas, e os defensores dos direitos LGBTQ+ alertaram que aqueles que mostram bandeiras com as cores do arco-íris ou outros itens podem ser alvo das autoridades. A repressão aos direitos LGBTQ+ na Rússia de Putin persiste há mais de uma década.
Em 2013, o Kremlin aprovou a primeira legislação que restringe os direitos LGBTQ+, conhecida como a lei da “propaganda gay”, que proíbe qualquer promoção pública de “relações sexuais não tradicionais” envolvendo menores.