As iniciativas do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), costumam ser acompanhadas de perto e ter enorme ressonância nos programas jornalísticos da Record. Não foi o caso, porém, da cruzada contra o beijo entre dois personagens masculinos de uma HQ à venda na Bienal do Livro.
Na sexta-feira (06), dia em que o caso eclodiu, apenas um telejornal local, o “Balanço Geral”, falou da iniciativa do prefeito. O principal programa jornalístico da emissora, o “Jornal da Record”, não encontrou espaço nos 50 minutos da edição para falar de Crivella. No sábado (07), quando o assunto já tinha repercussão até no exterior, mais uma vez o “Jornal da Record” não disse uma palavra sobre o esforço do prefeito do Rio em censurar livros.
Neste domingo, depois de 48 horas de silêncio, a direção da emissora determinou que o assunto fosse tratado no “Domingo Espetacular”. Mas, de forma discreta, com uma “nota coberta”, com duração de apenas 60 segundos, em seguida a uma notícia sobre um acidente causado por dois elefantes no Sri Lanka.