Recém-nascida, a boate Glow volta a formar filas hoje

• Fato nisso tudo: ser gay e insuportável é o mais frágil e perecível dos bens de consumo. Falei sobre isso na coluna de terça e agora dou um repeteco pro povo zipar: ou se é uma coisa ou outra. Muita afetação + carão (ver Beckionário) não está com nada, vamos combinar. Não adianta se reclusar dentro de uma regatinha Armani e levantar o topete com hair spray Paul Mitchell. Tem que ter consistência cerebral.

• Como diz meu colega Hermés Galvão, ou se é jornalista, estilista, passista ou cambista. Tudo junto não dá caldo de galinha. Ficar rodopiando com maxibolsa laminada, sempre indisponível para um papinho, é pacabá! E é assim que uma maioria GLSBTT hortifrutigranjeira se comporta: “Sissintindo” a última desova do esturjão. Eu passo. Bem longe.

• Quanto à boate em sua proposta inicial, o espaço é bacana. Eu não conhecia a finada Nut. Gostei do camarote, da visão panorâmica e da parede de vidro. Por ela, é possível flagrar as bees na calçada, em fila indiana, como se fossem para um abatedouro fashion. Go-go boys e go-go sapas não me comovem. Então, para mim, poderiam ser convertidos em garrafas de boa champanhe. Aguça bem mais a testosterona. Drags? São indispensáveis, óbvio. Mas precisam ter linguagem dinâmica e fértil, como Silvetty Montilla e Nany People.