Premiê da Hungria anuncia referendo sobre lei contra gays

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Lei equipara pedofilia e homossexualidade, proíbe a ‘demonstração e promoção da homossexualidade’ para menores de 18 anos e tem causado forte reação da União Europeia.

Por France Presse

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, anunciou nesta quarta-feira (21) que fará um referendo para avaliar o apoio da população à polêmica lei contra a comunidade LGTBQIA+.

O anúncio do premiê foi feito após a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, advertir o governo húngaro para retificar a lei contra ou enfrentar “consequências legais” do bloco europeu.

“Bruxelas claramente atacou a Hungria nas últimas semanas sobre a lei”, afirmou Orbán em um vídeo divulgado em uma rede social.

A lei húngara equipara pedofilia e homossexualidade, proíbe a “demonstração e promoção da homossexualidade” para menores de 18 anos e tem causado forte reação da União Europeia.

Na prática, séries de televisão como “Modern Family” e filmes como Billy Elliot, por exemplo, seriam banidos da programação de TVs, assim como conteúdos educacionais sobre o tema em escolas.

O governo de extrema direita do premiê Viktor Orbán vem irritando seus pares do bloco europeu por repetidas ações que corroem sistematicamente as instituições democráticas da Hungria.

Sem mencionar a Hungria ou Orbán, 17 líderes europeus assinaram uma carta recentemente na qual reafirmam seu compromisso contra a discriminação à comunidade LGBTQIA+ e a defesa de seus direitos (veja no vídeo abaixo).

Líderes europeus condenam lei que discrimina comunidade LGBTQIA+ na Hungria

Líderes europeus condenam lei que discrimina comunidade LGBTQIA+ na Hungria

O ministro de Relações Exteriores de Luxemburgo, Jean Asselborn, disse que a lei é “indigna da Europa” porque “as pessoas têm o direito de viver como quiserem”. “Não estamos mais na Idade Média”.

Orbán se diz atacado e injustiçado e alega que a legislação aprovada pelo Parlamento húngaro está sendo mal interpretada, pois não combate a homossexualidade — e sim a pedofilia. “Temos a defesa dos direitos das crianças e dos pais, só isso”.

Mas o histórico autoritário contradiz o verniz democrático que o primeiro-ministro tenta dar à sua gestão. Argumento semelhante foi usado para justificar outra lei, sancionada no ano passado, que impediu que casais do mesmo sexto adotem crianças.

G1


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