Post no Twitter de Danilo Gentili gera polêmica sobre racismo e depois com gays

SÃO PAULO – O apresentador do CQC [Custe o que Custar] Danilo Gentili será investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo sobre declaração racista no Twitter no último dia 25. O caso se desenrolou a outras minorias como gays e gordos.

“Agora no TeleCine KingKong, um macaco que depois que vai para cidade e fica famoso pega um loira. Quem ele acha que é? Jogador de futebol?” (Sic.), escreveu Gentili no Twitter, no último sábado.

Após várias reclamações de usuários da rede social, ele tenta se explicar dizendo que não se tratava de racismo. Porém, a emenda saiu pior do que o soneto. “Alguém pode me dar um explicação razoável porque posso chamar gay de veado, gordo de baleia, branco de lagartixa, mas nunca um negro de macaco?” [sic], remendou.

Ironizando as reclamações, Gentili postou uma foto onde ele aparece numa jaula com a legenda “Obrigado, pessoal. Vocês conseguiram me prender igual um macaco por denúncias de racismo”. Não deu outra. A acusação de racismo foi encaminhada a um procurador do MPF, que vai analisar se se trata de racismo.

No blog – Após a intervenção do MPF, Gentili abrandou o discurso e pediu desculpas a quaisquer pessoas que se sentiram ofendidas pelos comentários. O repórter também se explicou no seu blog, mas com raciocínio duvidoso. \”Se você me disser que é da raça negra preciso dizer que você também é racista, pois, assim como os criadores de cachorros, acredita que somos separados por raças. E se acredita nisso vai ter que confessar que uma raça é melhor ou pior que a outra. Pois se todas raças são iguais então a divisão por raça é estúpida e desnecessária. Pra que perder tempo separando algo se no fundo dá tudo no mesmo?\” [sic], publicou.

Ironicamente, o repórter foi chamado de “veado” pelo deputado federal Sérgio Moraes (PTB-RS) no mês passado e foi defendido pelo o Grupo SOMOS Comunicação, Saúde e Sexualidade do Rio Grande do Sul. O Somos denunciou o deputado por prática de homofobia pelo mesmo motivo. Agora a pergunta que não quer calar: o MPF pode até considerar racista o comentário do repórter e puni-lo por isso, mas por homofobia via?

Mundo Mais