Realiza-se este sábado a primeira marcha do orgulho LGBT (lésbico, gay, bissexual, e transgénero) do Porto. Bruno Maia, da organização do evento, disse ao PortugalDiário que a escolha da cidade está relacionada com «o assassinato da transexual Gisberta». «O Porto é uma cidade muito conservadora e fechada e este caso mostra que há discriminação, que muitas vezes pode ser violenta».
A concentração de manifestantes está marcada para as 15 horas, no Campo 24 de Agosto, local simbólico, já que é próximo do local onde morreu Gisberta. A marcha segue depois pelas ruas Fernandes Tomas e Sá da Bandeira e termina na Praça D. João I.
A iniciativa é aberta a todos, mesmo que não pertençam à comunidade LGBT, porque o objectivo é «lutar pelos direitos humanos. E a luta LGBT é semelhante à das restantes minorias que são discriminadas», explica Bruno Maia. Por isso, a própria organização do evento conta com 50 por cento de entidades não LGBT (organizações feministas, SOS Racismo, Amnistia Internacional).
Aos críticos, que consideram este tipo de iniciativas como exibicionismo, Bruno Maia responde que «o objectivo é dar visibilidade a um minoria que passa o ano inteiro esquecida. É uma marcha pela liberdade e a finalidade é mostrar que há pessoas diferentes», por isso, a organização não impõe restrições à forma como os participantes se apresentarem vestidos ou agirem durante o evento. «Reprimir a diversidade não faria sentido».
Os responsáveis pela iniciativa esperam uma boa participação, até porque «em Portugal se começa a falar mais no assunto».
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