Os perigos de amar demais

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por Maria Silvia Orlovas[email protected]

Amar demais pode nos afastar da realidade da vida e até do convívio com as pessoas porque quando nos entregamos com intensidade aos sentimentos deixamos de raciocinar e refletir sobre o que é certo e errado.
Isso não quer dizer que perdemos a noção do que é bom e do que não é. Ao contrário, na maioria dos casos as pessoas pensam o tempo todo na situação que enfrentam e tentam de forma desesperada corrigir o que está errado. Mas como nem tudo depende apenas de uma pessoa num relacionamento, quase sempre essas tentativas são em vão causando enorme frustração e sentimento de impotência.

Foi nessas condições que recebi Ana Rita, uma mulher de 38 anos, aparentando uma grande tristeza. Estava estampado em sua face o descontentamento consigo mesma. Expliquei como funcionava a terapia de Vidas Passadas com a intenção de alinhar suas expectativas. Sempre explico que em geral ainda não estamos prontos para entender questões mais profundas que envolvem nosso aprendizado justamente porque queremos apenas um remédio que corte a dor. Já atendi alguns casos em que a pessoa queria apenas não sofrer mais, no entanto, não queria seguir em frente com sua existência.

Para a vida prosseguir o seu fluxo natural, é preciso fazer escolhas e sair da condição de vítima. Será que existe mesmo alguém que seja vítima de uma situação?
Será que príncipes se transformam em sapos ou somos nós mulheres que fantasiamos as relações…
Neste caso, me refiro a mulheres, mas muitas vezes os homens também se afastam da realidade e enxergam apenas aquilo que querem ver. Parece que no amor o véu de Maya (ilusão em sânscrito) faz o serviço de aproximação de encontros kármicos. Nossas ilusões acabam trazendo para nossa vida desencontros do passado.

Foi o que mostrou a história de Ana Rita. Ela era uma mocinha quando foi viver com um gangster. Muito apaixonados, foram felizes por alguns anos quando ele começou a crescer em sua carreira que envolvia política. E, numa dessas curvas do destino, o rapaz conheceu um homem famoso que ofereceu a filha como uma espécie de cartão de entrada para a alta sociedade do local. Ele não revelou que já tinha alguém em sua vida, escolhendo manter o sigilo e ficar com as duas.
Casa-se com a milionária e deixa Ana Rita instalada em seu antigo e modesto apartamento. Durante um ano, minha cliente fingiu não saber de nada, mas não agüentando a situação, resolveu colocar tudo em pratos limpos, indo se encontrar com o namorado num lugar público. Quando ela chega, percebe que o rapaz está feliz ao lado da sua mulher grávida. Neste momento, minha cliente chora deitada no sofá ao meu lado mergulhando na história de final trágico. Em seguida é mostrada a cena do seu suicídio.

Terminando a sessão, ela me confidencia que nesta existência pensou várias vezes em dar cabo de sua vida e que até já havia tentado, mas sempre se lembrava dos filhos…
Quando isso acontece, sempre fico triste em perceber o sofrimento das pessoas que se deixam aprisionar pelas escolhas alheias. Muitas mulheres agem como se não tivessem vontade própria, o que é um grande engano.
Claro que nesses casos falta auto-estima e o reconhecimento que antes de viver para o outro vivemos para nós mesmos. A vida é nossa, as pessoas estão ao nosso lado e podem se comportar de modo errado, mas nós podemos não aceitar e modificar nossos caminhos.
Existem coisas a perder nesse tipo de situação?
É claro que sim, mas tudo na vida acontece num processo constante de fechar e abrir ciclos. Se você passa por uma situação como essa, não imagine que está só. Muitas pessoas têm que conviver uma hora ou outra em sua vida com a rejeição. O mais importante é não se rejeitar. Se alguém não ama você ou não lhe oferece aquilo que você sabe ser correto, razoável, tenha coragem de se resgatar.

Expliquei para Ana Rita que não bastaria ter o conhecimento racional de sua vida passada e trabalhar a vibração como fizemos na nossa sessão. Em seu caso, seria necessário consolidar o trabalho de cura e libertação com novos atendimentos e outros interesses.
Na verdade, ela não queria muitas mudanças, mas reconheceu que estava girando sua vida em torno do marido. Disse, inclusive, que pensara em voltar a estudar e abrir seus horizontes, mas voltava atrás. Expliquei que teria que investir sua energia numa transformação pessoal profunda e deixar de se sentir vítima porque a salvação viria dela mesma.
Quando Ana Rita saiu vibrei por ela desejando que encontrasse forças dentro de si mesma, mas sabia que se ela começasse a freqüentar um grupo de trabalho espiritual, fizesse cursos nesta área e investisse na expansão da sua consciência, as chances dessa libertação se consumar em realidade seriam infinitamente maiores.

Convido você a participar do meu Grupo de Meditação que acontece todas as quartas feiras às 20:30 hs. Não esqueça de trazer sua doação de alimentos que enviamos para entidades carentes que ajudamos sustentar. Fazer o bem aos demais auxilia nosso crescimento espiritual. Participe!

Texto revisado por: Cris

por Maria Silvia Orlovas[email protected]   
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