ONG faz Censo Gay em favelas

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A Central Única das Favelas (Cufa) vai realizar a primeira pesquisa
quantitativa e qualitativa sobre os Gays que vivem na periferia dos
principais municípios brasileiros.

Com representantes em todas as capitais, a ONG pretende conferir
quantos Homossexuais moram no subúrbio das grandes cidades e que tipo
de preconceito eles sofrem.

A previsão é que a contagem comece em 2009, mas desde já a entidade
está selecionando sociólogos e outros profissionais para elaborar os
questionários.

Segundo o presidente nacional da entidade, Danillo Bitencourt, a idéia
de fazer o censo surgiu a partir da experiência nas favelas. A Cufa
mantém núcleos Gays em quase todas as sedes estaduais.

No Rio de Janeiro, por exemplo, membros da organização perceberam que
integrantes do movimento hip-hop estavam hostilizando Homossexuais.

Em São Paulo, um grupo de universitários do curso de Sociologia da
Universidade de Campinas (Unicamp) realizou um trabalho em Vila
Olinda, periferia da capital, e constatou que os Gays suburbanos são
constantemente vítimas de preconceito de vizinhos. \”Muita vezes, os
Gays que moram nas favelas são obrigados a se mudar para escapar da
violência\”, diz Miriam Baptista Senna, estudante que participou da
pesquisa.

O coordenador do Cufa no Distrito Federal, Max Maciel, diz que a
entidade já está se mobilizando para o censo Gay. Segundo diz, haverá
contagem em todas as cidades satélites, e o objetivo principal é
minimizar o preconceito nas áreas periféricas.

\”Estamos recrutando especialistas em gênero para assessorar a
pesquisa, inédita no país. Além de saber quantos Homossexuais vivem
nas favelas, queremos saber como eles estão organizados e que tipo de
preconceito e violência sofrem. A idéia é amparar essa parcela
excluída da população\”, diz.

Os primeiros questionários da Cufa serão aplicados em São Paulo, Rio
de Janeiro, Bahia e Distrito Federal. Mas já mobiliza gente de todos
os estados. O pedagogo Cleyton Camarão, 29 anos, Gay assumido e
morador da Cidade Nova 8, periferia de Manaus, é um dos candidatos a
trabalhar como pesquisador na capital do Amazonas. \”Nos lugares mais
distantes, a gente é chamado de demônio. Principalmente nas
comunidades onde é forte a presença de evangélicos\”, diz.

Minha mãe só me aceitou depois que assistiu a uma novela que mostrava
a vida de um Gay favelado

17 mil casais formados por pessoas do mesmo sexo moram juntos no
Brasil, segundo o IBGE

A pesquisa do IBGE foi feita somente em municípios com até 170 mil
habitantes, o que mostra que o número de casais deve ser maior.
\”Precisamos saber quantos Gays há no Brasil para que o governo
desenvolva políticas públicas para essa comunidade\”, ressalta Luís
Carlos Sotero, coordenador do Grupo Gay de São Paulo, que elogia a
iniciativa da Central Única das Favelas (Cufa).

A pesquisa da entidade fará perguntas mais diretas, como se há Gays na
família e quantos eles são.

Agência AIDS


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