O amor nos tempos do Corona

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Neivia Justa

Hoje acordei lembrando do livro “O amor nos tempos do cólera”, que Gabriel Garcia Marques lançou em 1986 e eu devorei em julho de 1989, durante uma viagem de férias à Europa com meu irmão.

Naquela época, não havia internet nem telefones celulares. Não tínhamos o mundo na palma da mão e a China era um lugar longínquo, desconhecido e inacessível.

As notícias não eram propagadas à velocidade da luz. Os veículos de comunicação eram nossa única fonte de informação. Não havia “influenciadores” nem redes sociais nem a indústria das “fake news”.

Passados quase 31 anos, vivemos nessa aldeia global, absolutamente conectada em rede. onde um vírus, surgido numa desconhecida cidade chinesa, tem o poder de parar o mundo.

Como diz o Caetano, “alguma coisa está fora da ordem, fora da nova ordem mundial”.

Estamos todos assistindo, incrédulos, e vivendo, atônitos, uma pandemia planetária sem precedentes na história da humanidade. É o tal mundo VUCA se fazendo presente, mostrando que a volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade são o nosso novo “normal”. Esse modus operandi que nos obriga a esquecer os planos, rever as prioridades, estar presente no presente e tomar decisões ágeis em tempo real.

É hora de entender que somos infinitamente mais vulneráveis do que supunha nossa vã filosofia ou insistia em negar nosso ilimitado ego. Não temos todas as informações. Não temos nenhum controle da situação, que muda o tempo todo, a cada segundo.

O corona vírus é disruptivo. Passado o caos, nossa percepção da realidade e visão de mundo serão outras, completamente diferentes. Estamos no meio da tão temida terceira guerra mundial mas o inimigo é um mísero e improvável vírus, que ninguém podia prever. Assim como as startups criadas ontem, que andam destruindo indústrias e empresas centenárias, tradicionais, “feitas para durar”.

Em breve dividiremos o mundo em AC/DC (Antes do Corona e Depois do Corona).

Sou uma otimista incorrigível e tenho certeza de que sairemos melhores, mais fortes, conscientes, humanos, empáticos, inclusivos, engajados, conectados, colaborativos e socialmente justos, depois dessa crise.

Mas, para isso, precisamos exercer o amor nos tempos do corona: amar e respeitar a si, os outros, as empresas e a sociedade. Precisamos entender e aceitar essa reclusão compulsória, desacelerar, pensar e agir com senso de comunidade e mentalidade de abundância. É tempo de exercer a gentileza e a generosidade. Nosso egoísmo nos trouxe até aqui e não sobreviveremos se não nos desapegarmos dele.

É tempo de reaprender a existirmos.

Tempo de viver um dia por vez.

Como diz o Almir Sater, tempo de andar “devagar porque já tive pressa…Hoje me sinto mais forte, mais feliz, quem sabe… Só levo a certeza… De que muito pouco sei… Ou nada sei… É preciso amor pra poder pulsar…É preciso paz pra poder sorrir… Penso que cumprir a vida seja simplesmente compreender a marcha e ir tocando em frente…

Vamos em frente, juntos.

Nosso futuro depende das atitudes que tivermos e escolhas que fizermos, aqui e agora.

Essa é a nossa maior #JustaCausa hoje.

Eu sou a Neivia Justa e te ajudo a pensarse comunicar e agir de forma conscienteinclusiva e inovadora para construir seu futuro sustentável.

Diversidade & Inclusão

 


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