Netflix revela data de estreia da segunda temporada de “Heartstopper”

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Após o êxito dos primeiros capítulos, um dos protagonistas da série viu-se obrigado a assumir a sua sexualidade.
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Eduardo Oliveira

Quando estreou na Netflix a 22 de abril do ano passado, poucos imaginavam que “Heartstopper” se tornaria numa das séries com mais fãs na plataforma de streaming. Agora, depois de tanto tempo à espera, foi finalmente revelada esta segunda-feira, 24 de abril, a data de estreia da nova temporada: 3 de agosto.

A narrativa acompanha Charlie (Joe Locke), um rapaz sensível de 14 anos que se assumiu como homossexual na escola. Lá, é alvo de algumas piadas e atos de bullying, mas a homofobia não define a sua vida. Charlie tem um grupo de amigos próximo que o sustenta, onde se pode ancorar à vontade.

Na sala de aula, Charlie conhece Nick (Kit Connor), um rapaz charmoso e popular que faz parte da equipa de rugby e de quem se aproxima depois de se chatear com Ben, uma espécie de namorado não assumido que se encontra com ele em privado, mas que o trata mal em público.

Charlie acaba por se juntar à equipa de rugby para ficar ainda mais próximo de Nick. Mas também mostrar que não quer ser o estereótipo que muitos colegas esperam do rapaz homossexual delicado e sensível. Pelo meio, Nick acaba por assumir também em público a relação com Charlie.

O projeto é uma adaptação de uma banda desenhada da autoria de Alice Oseman. Foi a própria criadora quem ficou responsável pela transposição da história para o ecrã. Não só esteve envolvida na escrita da série, como aprovou todos os detalhes, desde os figurinos ao casting. Em diversas entrevistas, Oseman frisou que só aceitou adaptar o seu livro porque a ideia era manter-se fiel ao enredo e ao tom utilizado.

Na primeira semana, “Heartstopper” foi visto durante cerca de 24 milhões de horas, tornando-se logo numa das séries de maior sucesso da Netflix. Os atores ganharam quase de imediato milhões de seguidores nas redes sociais, que observavam online todos os seus movimentos.

Kit Connor, que interpreta Nick, acabou por ser o mais afetado por esta exposição pública. A sua sexualidade nunca tinha sido revelada, pelo que os fás simplesmente assumiram que ele era heterossexual. E isso era um problema, visto que acreditavam que uma personagem pertencente à comunidade LGBTQIA devia ser interpretada por alguém que se identificasse dessa forma.

Perante uma onda avassaladora de insultos, críticas e total intolerância por parte da comunidade gay, o jovem britânico foi, então, obrigado a assumir-se — mesmo que não se sentisse preparado para tal.

“Estou de volta. Sou bi. Parabéns por terem obrigado um rapaz de 18 anos a assumir-se. Acho que alguns de vocês não perceberam a mensagem da série. Adeus”, escreveu num tweet, a 31 de outubro do ano passado.

Alice Oseman, a criadora do projeto, mostrou imediatamente o seu apoio. “Não percebo mesmo como é que as pessoas veem ‘Heartstopper’ e depois passam o seu tempo a especular sobre a sexualidade de alguém baseando-se em estereótipos”, partilhou na sua conta de Twitter. “Espero que estas pessoas se sintam embaraçadas. Kit, és fantástico”.

Algumas das outras estrelas do elenco, como Kizzy Edgell, de 20 anos, também apoiaram o protagonista. “Adoro-te, Kit. Lamento imenso por as pessoas terem sido nojentas e duras contigo. Foste tratado de forma injusta”, partilhou.

Embora já tenha sido revelada a data de estreia da segunda temporada, sabe-se pouco sobre o que podemos esperar da nova história ou quantos episódios vai haver.

Enquanto espera, carregue na galeria e conheça algumas das novidades de abril que já pode ver na televisão.

 


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