Mulher que atacou casal gay em uma padaria em SP diz ser família tradicional

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A Polícia Civil de São Paulo investiga um caso de homofobia envolvendo uma mulher e um casal homoafetivo em uma padaria de Santa Cecília, bairro da capital. A homofobia é crime no Brasil desde 2019 e agora está incluída na legislação de combate ao racismo. Lamentavelmente, cenas de discriminação ainda são frequentes no cotidiano.

Na região central da capital paulista, uma padaria em Santa Cecília foi palco de um caso de homofobia que agora é investigado pela Polícia Civil. No último sábado, um casal homoafetivo relatou à polícia ter sido atacado por uma mulher quando tentava estacionar o carro no estacionamento da padaria. Segundo o depoimento, três indivíduos ocupavam a vaga, e quando duas pessoas saíram, a mulher permaneceu no local com os braços cruzados até ser retirada pelo homem que a acompanhava. As informações têm origem na Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.

Após a tentativa de estacionar o carro no local, a mulher em questão ficou insatisfeita, voltou até onde o veículo estava parado e agrediu o retrovisor do carro, além de proferir palavras homofóbicas, como “viados”, e jogar um cone na direção do casal homoafetivo, atingindo uma das vítimas. A confusão prosseguiu dentro da padaria e foi parcialmente registrada em vídeos publicados nas redes sociais pelo casal. Em um dos vídeos, uma das vítimas questiona a mulher sobre sua alteração. “Por que você está alterada? A gente só queria estacionar o carro”, diz ele.

Após o incidente inicial, a mulher continuou os ataques, chamando o casal de “viados” e proclamando: “Tirei pouco sangue de vocês. Os valores estão sendo invertidos. Eu sou de uma família tradicional. Sou branca. Que hipocrisia. O mimimi, chama a polícia. Vamos ver quem será preso aqui”, disse de modo irônico quando o casal fez contato com as autoridades policiais.

Nas redes sociais, Rafael Gonzaga, uma das vítimas, fez uma declaração na qual explicava ter sido alvo de agressões verbais e físicas, juntamente com seu parceiro. “Ser agredido e insultado publicamente devido à orientação sexual é repugnante, primitivo e desumano. Não conhecemos essa mulher. Queremos justiça e contamos com a ajuda de todos”.

A padaria onde ocorreu o incidente lamentou profundamente o ocorrido e manifestou o seu firme repúdio a qualquer forma de discriminação e desrespeito. “Estamos à disposição das autoridades policiais para fornecer informações ou depoimentos. Nenhuma forma de intolerância será tolerada em nossas instalações”.

O caso foi registrado como preconceitos de raça ou de cor e lesão corporal e está sendo investigado pela Decradi (Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância).

Veja o vídeo

https://youtu.be/424w3wYA8N0

 


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