Marta avisa Lula que quer disputar o governo de SP

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Agência Estado
Distante dos ataques envolvendo a crise que assola o PT e de volta aos holofotes, a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, foi ontem a Brasília comunicar ao presidente Lula que lançará neste fim de semana sua pré-candidatura ao governo do Estado. O anúncio será feito no 16º Encontro Estadual do PT, sábado e domingo, em São Paulo. Como resposta, Marta ouviu de Lula “tudo bem” e ainda a garantia de que não interferirá na disputa interna.
É que, como Marta, outros nomes devem entrar na batalha. O senador Aloízio Mercadante (PT-SP) é um deles. Seu nome já foi colocado como pré-candidato, inclusive com o apoio de Lula – que, no encontro de ontem, teria dito que a escolha será do partido. Outra aposta que surgiu nos últimos dias é a entrada na disputa do ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
O deputado João Paulo Cunha (PT-SP) também foi cogitado – mas isso, antes do início da crise. Seu nome passou a ser considerado inviável, após ser relacionado nas denúncias de mensalão.
A escolha do encontro estadual do PT para lançamento da candidatura de Marta não é por acaso. A reunião é encarada internamente como ponto de partida para a disputa das prévias do PT – quando filiados escolhem, por voto, o candidato. As prévias devem ser marcadas para março do ano que vem.
Apesar dos setores que apóiam a candidatura de Mercadante difundirem que a rejeição a Marta – mostrada nas urnas em 2004 – é limitador para escolha de seu nome, o grupo denominado “martista” já definiu sua estratégia de reação. Querem mostrar que ela tem experiência de governo e que, ao contrário do que se pensa, há pontos positivos a serem explorados.
Lula, além de considerar a rejeição a Marta, também não esconde desapontamento com a ex-prefeita, que culpou o governo federal pela derrota para José Serra em 2004.
Nos bastidores, a ex-prefeita diz a aliados que “não quer nem saber” de sair candidata a deputada federal.
Ontem, ela ainda ironizou Serra, que anunciou a retomada da construção de Centros Educacionais Unificados. “Faço críticas ao governo Serra, mas fiquei contente por ele dar para trás e fazer cinco CEUs na periferia. Isso mostra que as críticas que o PSDB fez na campanha não procedem.”
Marta também defendeu coesão o fim do “fogo amigo” no PT, mas não disse se falava da briga entre Palocci e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. “É preciso parar de ajoelhar no milho. Temos de colocar o êxito da política econômica na boca do povo e do PT”.


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