Mães-de-aluguel optam por casais gays

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Ginia Bellafante
Numa manhã recente, Lura Stiller entrou numa ensolarada casa em Cambridge, Massachusetts, para ajudar Cary Friedman e seu parceiro, Rick Wellish, a acalmar sua filha, uma menina de três meses de idade que vestia uma camiseta cor-de-rosa.
Stiller, 34, dona de casa dos subúrbios de Dallas, costuma dizer que antes de conhecer Friedman, que é psiquiatra, e Wellsch, médico interno, o número de gays no grupo de pessoas que conhecia equivalia a zero. “Tudo o que sabia sobre pessoas gays era o que se passava na televisão”, disse.
Em dezembro, Stiller deu à luz uma criança chamada Samantha, por Friedman e Wellisch, engravidando de um óvulo doador e do sêmen de um dos pais. (Eles optaram por não saber qual).
Em sua decisão de trabalhar com eles, Stiller passou a fazer parte de um pequeno, mas cada vez maior, movimento de mães-de-aluguel que optam por casais gays ao invés de famílias tradicionais.
Enquanto o poder legislativo debate o direito dos casais gays ao casamento, centenas deles estão encontrando formas de criar famílias com ou sem o casamento através de mães-de-aluguel como Stiller, que desejam ajudá-los a ter filhos com uma ligação genética e a contornar recorrentes obstáculos legais que os homens enfrentam na adoção.
O número exato é desconhecido, mas cerca da metade da 60 e poucas agências e escritórios de advocacia por todo o país que intermedeiam relações entre mães-hospedeiras e futuros pais trabalham com casais gays ou estão à busca disso.
Dentro do mundo das portadoras-de-crianças profissionais, muitas das quais compartilham suas alegria e desilusões via internet e em grupos de ajuda, casais gays desenvolveram uma reputação de clientes especialmente agradáveis.
Muitas dessas mães que optam por trabalhar com casais gays dizem não conseguir entrar em acordo com os sentimentos de falta de esperança e de fracasso expressados por mulheres e homens casados que durante anos lutaram sem sucesso para dar à luz uma criança.
Mães-de-aluguel, que recebem cerca de US$20 mil e o dinheiro das despesas médicas para portar o bebê, são responsáveis por aproximadamente mil nascimentos ao ano, de acordo com a Organization of Parents Through Surrogacy. Isso não inclui “aluguéis” providenciados de forma privativa através da internet.
As muitas mães que optam por trabalhar com casais gays citam freqüentemente a desaprovação feita pelo parceiro ou o temor de que seus próprios filhos possam ser estigmatizados por colegas de classe ou vizinhos.


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