Igreja volta a atacar direitos dos gays

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Uma turma de cerca de 150 estudantes e ouvintes assistem em Roma a um seminário sobre “a questão homossexual”, organizado pelo Instituto João Paulo II para o Casamento e a Família, da Universidade Pontifícia de Latrão. O encontro é considerado por muitos como parte significativa da campanha do Vaticano contra os direitos recém-adquiridos pelos gays na Europa. Apesar de assistirem a palestras de teólogos e padres sobre o tema, os participantes do seminário negam qualquer caráter homofóbico. Na última quinta-feira, Mario Binasco, diretor da Faculdade de Psicologia do instituto, disse que a luta pelos direitos homossexuais pretende impor à sociedade uma “antropologia gay”.
Com o tema “A questão homossexual: psicologia, direito e verdade do amor”, a palestra criticou a recente oficialização das uniões gays em alguns países da Europa e determinou que a adoção de crianças por casais do mesmo sexo pode provocar distúrbios psicológicos nos jovens. Durante sua apresentação, Binasco denunciou o desenvolvimento do que ele chamou de “uma antropologia gay”, que teria como objetivo instituir a legalidade de uniões homossexuais e da adoção de crianças por esses casais.
Grupos de apoio aos direitos dos gays protestaram contra a realização do seminário em Roma, mas os participantes do encontro retrucaram. O padre e psicanalista francês Tony Anatrella, outro palestrante, reclamou que é muito difícil discutir a questão homossexual, mesmo dentro da academia, pois qualquer iniciativa do tipo é enquadrada como homofobia. Para Binasco, o evento não deve ser encarado como “uma nova ofensiva do Vaticano contra os homossexuais”. “O seminário foi criado para informar os participantes sobre os riscos associados à negação das diferenças sexuais”, justificou Binasco.
Contestação
Após condenar o casamento gay, o Vaticano envereda por outro caminho para contestar os direitos homossexuais. Baseados em pesquisas, os teólogos que participam do seminário apresentaram números para mostrar que crianças adotadas por casais gays podem enfrentar problemas psicológicos. Anatrella, que se diz basear também em sua própria experiência clínica e científica, divulgou os resultados de uma pesquisa realizada nos EUA, em 2003. O estudo apontou que 40% das crianças adotadas por homossexuais desenvolvem tendências gays e comportamentos psicóticos. “Se tal modelo se fortalecer, nas próximas três ou quatro gerações assistiremos a um aumento massivo de patologias psicóticas”, disse o padre.
Quem também deu sua opinião foi o norte-americano David Crawford, professor de teologia. Ele falou sobre a tendência “de destruir de modo violento a possibilidade de fundar uma metafísica da verdade sobre o amor heterossexual”. Crawford, assim como outros palestrantes, fez questão de afirmar que, apesar de o Vaticano condenar casamentos gays, nenhum homossexual “deve sofrer discriminações ou injustiças”.


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